No RN temos 9 candidatos ao Governo, 10 para o Senado, 187
para a Câmara dos Deputados e 320 para a Assembleia Legislativa. São mais de
500 pessoas que disputam poucas vagas para representar a população e defender
os seus interesses; parece muito mas, o número é apenas um pouco excessivo
quando comparamos com a quantidade de vagas mas, se compararmos à população
potiguar, há muitos interessados em concorrer em uma disputa acirrada para
conseguir seu espaço seja enquanto eleito, com mandato direto, seja como suplente
(sim, suplente também é um “cargo” importante e tem peso, principalmente quando
o Senador ou Deputado é convocado para um cargo no Executivo e abre-se uma vaga),
no mandato indireto.
Muitos reclamam da campanha política, outros nem assistem
às propagandas, alguns se afastam completamente do noticiário neste período.
Particularmente, acho muito importante e tento, na medida do possível, acompanhar
ao máximo. Um, por achar válida a proposta de conhecer, nem que seja por pouco
tempo, quem decidirá por mim – e por nós – nas votações, dois, por achar que é
neste momento que alguns novos nomes podem surgir para substituir aqueles que
foram “novos” já na eleição passada ou há muito tempo e, três, por achar que o
voto deve continuar obrigatório para evitar manipulações e a exposição dos candidatos
sendo a obrigação de ir às urnas é a mínima forma de conhecê-los, de surpreender-se
com as propostas, boas e ruins.
Campanha política: mais tempo
Por isto, tenho opinião que a campanha política deveria
durar mais tempo. Estou me referindo àquela oficial, no calendário eleitoral, pós
convenções, pois é impossível acreditar que os – como chamam alguns – pré-candidatos
não estão em campanha apenas pelo fato de não pedir votos. Ingenuidade assim,
não acredito que nenhum eleitor ainda tenha.
Qual a vantagem de mais tempo na campanha? Uma delas é
que acabará a disputa por campanha antecipada e processos aqui e ali decidindo
se a palavra ou frase utilizada era campanha pedindo voto ou não, como se a
presença em um evento ou uma reunião política não tivesse o mesmo resultado,
talvez não tão explícito como exige um processo na Justiça Eleitoral, mas claramente
carregado de significados.
Em seguida, pelo fato de mais tempo de campanha
significaria mais tempo para conhecer os candidatos. Alguns deles continuam com
o mesmo discurso, as mesmas imagens e mensagens de poucos segundos na TV e
rádio, do primeiro ao último dia de campanha; como são muitos candidatos, mais
tempo permitiria mais espaço para mais candidatos. Custará mais caro?! Sem
dúvida, haverá um custo adicional e aqueles com mais recursos terão mais
vantagem; mas, não uma vantagem absoluta.
As mídias sociais hoje são capazes de promover qualquer
ideia, qualquer banda de música, qualquer jogador de futebol, qualquer evento,
qualquer produto, qualquer etc com um custo bastante razoável, às vezes mesmo,
praticamente sem custo adicional. Uma ideia que viraliza, encanta muita gente.
É claro que para uma campanha presidencial exige-se uma estrutura para as mídias
sociais, são muitas realidades regionais. Mas, esta é – praticamente – a segunda
campanha deste patamar com as mídias sociais impregnadas no dia a dia de todos.
Ainda há a aprender, mais.
Próxima campanha é municipal
Daqui dois anos as campanhas serão muito pontuais, principalmente
nos pequenos e médios municípios. Torço para que os carros de som tenham menos
impacto (poluição sonora) e acho que poderão ser substituídos por mídias
sociais, Whatsapp e todos os outros mecanismos de comunicação que surgirão até
lá.
Acho que haveria mais transparência. Para o eleitor,
claro.
Em um dia de votação são quatro anos de representação
política e pode significar um tempo de lamentações. Se houvesse mais tempo de campanha
política, talvez não haja mais arrependimento do voto com a desculpa de “eu não
sabia”.
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