domingo, 6 de novembro de 2022

Opinião. Internacionalizar a economia produtiva, também

 

O tema do acesso ao mercado internacional, ou melhor, da internacionalização da economia sempre tem seus ciclos de discussão e de volta à tona; não que desapareça das propostas governamentais ou empresariais, mas sempre que há um fato novo a mídia se lembra da possibilidade de o Brasil internacionalizar-se a partir de sua economia produtiva, da exportação de seus bens e, mais recentemente, de seus serviços.

É fato, algo bastante importante. Mas, acho que não é suficiente, pode ir além desta percepção!

 

A internacionalização também ocorre quando recebemos capital de investidores estrangeiros que aplicam seus recursos em empresas industriais ou do agronegócio brasileiro com alguma consequência parecida com a ideia de produzir para exportar. Sem dúvida, há muitas empresas estrangeiras no Brasil com foco apenas no mercado interno, o investimento aqui realizado visa ampliar as linhas de atuação e capitalizar a experiência de outros países nas iniciativas desenvolvidas aqui no Brasil.

São todas propostas válidas, também muito importantes.

 

Aqui no RN, há pouco mais de uma década, tivemos uma enxurrada de capital estrangeiro que aportou em nossas terras, principalmente na Capital e no litoral: eram os pequenos investidores estrangeiros que “descobriram” nosso litoral e decidiram investir no capital imobiliário. Foi um período extremamente importante para a construção civil no RN e para toda a cadeia de hotelaria-alimentação-serviços turísticos.

Depois, por vários fatores e dentre eles a crise internacional, este fluxo cessou ou diminuiu consideravelmente.

 

Acho que pode ser o momento de o País e o setor empresarial começar a retrabalhar este tipo de investimento: capital aplicado em investimentos fixos e duradouros com uma ramificação em diferentes outras atividades, todas beneficiadas direta e indiretamente.

Não se trata, claro, de vender nosso patrimônio imobiliário, mas de conquistar mais uma vez a percepção favorável de que aqui se faz bons negócios; e, em parceria com as empresas e empreendedores potiguares. É uma opinião

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