O fim do Carnaval não é nenhuma previsão ou expectativa
nem mesmo a tentativa de fazer com que o... Carnatal seja uma festa popular e
portanto, seu substituto.
O fim do Carnaval é a extensão do calendário além do mês
de fevereiro, quando o “ano começa”, diz a percepção popular todos os anos,
enfatizando que antes da festa nacional os planos não acontecem, não adianta
começar algumas atividades. Na verdade, esta sensação popular tem se modificado
ao longo dos anos e, nestes mais recentes foram as sucessivas crises que
mostraram a necessidade de fazer algo no início do ano, sem ter que esperar o
calendário avançar até a quarta-feira de cinzas.
Mas, ainda há lacunas que devem ser preenchidas, por
empresas e pelo poder público, principalmente por este último quando se trata
de serviços indispensáveis à população. Algumas ações devem ser renovadas automaticamente
ano a ano, em especial na área da educação, saúde e transporte mas, claro, com
o devido acréscimo das melhorias e aperfeiçoamentos.
Outras vezes temos novidades no serviço público que passam
desapercebidas pela população e, tal como na iniciativa privada, deve ter o seu
correspondente marketing, isto é, a publicidade da aplicação dos tributos
cobrados da população. Não é a publicidade no termos 100% mercadológicos, mas a
comunicação com a população.
Todo início de gestão nas diferentes esferas públicas são
apresentadas as propostas de governo para o novo mandato com uma outra prática
bastante salutar, o famoso balanço dos “100 dias”, uma demonstração de que algumas
mudanças propostas na campanha política podem ser implementadas de imediato.
No ano seguinte a cobrança da mídia é menor, não existe a
marca dos “100 dias” para os 2º, 3º ou 4º anos de governo, um aparente
esquecimento de que há um ano novo, com novo orçamento.
Poderia ser uma regra, não necessariamente formal, mas
uma prática de que a cada ano novo fossem apresentados os resultados passados
(o que sempre acontece) mas também um plano de ação, um compromisso público com
os resultados esperados; pode ser um instrumento de cobrança para a população
mas, deve ser entendido também como um compromisso com a população, uma contribuição
coletiva na construção dos resultados anunciados, que também são coletivos. É uma
opinião.
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