domingo, 5 de fevereiro de 2023

Opinião. O fim do Carnaval

 

O fim do Carnaval não é nenhuma previsão ou expectativa nem mesmo a tentativa de fazer com que o... Carnatal seja uma festa popular e portanto, seu substituto.

O fim do Carnaval é a extensão do calendário além do mês de fevereiro, quando o “ano começa”, diz a percepção popular todos os anos, enfatizando que antes da festa nacional os planos não acontecem, não adianta começar algumas atividades. Na verdade, esta sensação popular tem se modificado ao longo dos anos e, nestes mais recentes foram as sucessivas crises que mostraram a necessidade de fazer algo no início do ano, sem ter que esperar o calendário avançar até a quarta-feira de cinzas.

 

Mas, ainda há lacunas que devem ser preenchidas, por empresas e pelo poder público, principalmente por este último quando se trata de serviços indispensáveis à população. Algumas ações devem ser renovadas automaticamente ano a ano, em especial na área da educação, saúde e transporte mas, claro, com o devido acréscimo das melhorias e aperfeiçoamentos.

 

Outras vezes temos novidades no serviço público que passam desapercebidas pela população e, tal como na iniciativa privada, deve ter o seu correspondente marketing, isto é, a publicidade da aplicação dos tributos cobrados da população. Não é a publicidade no termos 100% mercadológicos, mas a comunicação com a população.

 

Todo início de gestão nas diferentes esferas públicas são apresentadas as propostas de governo para o novo mandato com uma outra prática bastante salutar, o famoso balanço dos “100 dias”, uma demonstração de que algumas mudanças propostas na campanha política podem ser implementadas de imediato.

 

No ano seguinte a cobrança da mídia é menor, não existe a marca dos “100 dias” para os 2º, 3º ou 4º anos de governo, um aparente esquecimento de que há um ano novo, com novo orçamento.

Poderia ser uma regra, não necessariamente formal, mas uma prática de que a cada ano novo fossem apresentados os resultados passados (o que sempre acontece) mas também um plano de ação, um compromisso público com os resultados esperados; pode ser um instrumento de cobrança para a população mas, deve ser entendido também como um compromisso com a população, uma contribuição coletiva na construção dos resultados anunciados, que também são coletivos. É uma opinião.

Nenhum comentário: