Não, não se trata de nenhum movimento de ocupação do espaço da UFRN para
fins políticos, lobistas ou outras conotações legítimas. Não há nenhuma relação
com a inspiração do Occupy Wall Street.
É uma proposta de “ocupação” da UFRN para melhor aproveitamento dos espaços,
que vale lembrar, são públicos; mas com a
ressalva de que embora públicos, devem seguir regras para sua utilização.
O campus é grande, tem muitos espaços que são pouco utilizados até mesmo
por sua dinâmica interna, das aulas aos eventos que ali são realizados. Mas,
claro, como em todas as demais universidades nem todos os espaços são
aproveitados 24h por dia ou até mesmo em todas as manhãs, tardes e noites; e
menos ainda nos finais de semana.
Um dos exemplos é a área para a prática de esportes que serve de suporte
para várias disciplinas. Em geral, nos finais de semana toda a estrutura
instalada tem uma maior ociosidade pois há poucas atividades acadêmicas. A pista
de atletismo e o ginásio, por exemplo, poderiam ser compartilhados com outros
públicos; claro que sob responsabilidade e controle para evitar que atividades
pontuais possam prejudicar as atividades acadêmicas regulares.
Esta ociosidade – do uso do espaço – é maior durante as férias. São poucos
os espaços utilizados constantemente, embora o custo de manutenção seja o
mesmo: não há redução do número de pessoas trabalhando, o custo é praticamente
o mesmo e a utilização é, por outro lado, bem menor.
Assim como há auditórios e salas espaçosas que podem abrigar outras
atividades em um ambiente que até ajuda a desafogar o trânsito da cidade, com
amplo (e gratuito) estacionamento. Geralmente o que vemos, nos finais de
semana, é uma utilização das salas de aula quando há algum concurso público.
Consequentemente, não há restrição para utilização pelo setor privado (quem
contrata o espaço não é o órgão público que faz o concurso, mas empresa –
privada – contratada para sua realização).
Como não há esta prática de visualizar o campus da UFRN como espaço para
atividades em maior número, geralmente é lembrado para concurso público, evento
no anfiteatro (poucos, por sinal) e apenas algo mais de forma pontual, aqui e ali.
Para não criar um imaginário diferente, volto a repetir: não se trata de
ocupar a UFRN a todo tempo, mas sim de compartilhar a boa oferta de infraestrutura
com a cidade, observadas as regras e responsabilidades. Dependerá também, sem dúvida,
da existência de demanda para atividades culturais, esportivas, feiras
comerciais etc. A UFRN já divulgou as taxas para utilização destes espaços,
talvez seja necessário uma maior incorporação pelo setor privado da mensagem de
que o espaço está ali, disponível. No mínimo tornaria o espaço público menos
ocioso e com maior possibilidade de utilização pela população não-acadêmica. É uma
opinião
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