domingo, 28 de abril de 2024

Opinião. Ocupa UFRN

 

Não, não se trata de nenhum movimento de ocupação do espaço da UFRN para fins políticos, lobistas ou outras conotações legítimas. Não há nenhuma relação com a inspiração do Occupy Wall Street.

 

É uma proposta de “ocupação” da UFRN para melhor aproveitamento dos espaços, que vale lembrar, são públicos; mas com a  ressalva de que embora públicos, devem seguir regras para sua utilização.

 

O campus é grande, tem muitos espaços que são pouco utilizados até mesmo por sua dinâmica interna, das aulas aos eventos que ali são realizados. Mas, claro, como em todas as demais universidades nem todos os espaços são aproveitados 24h por dia ou até mesmo em todas as manhãs, tardes e noites; e menos ainda nos finais de semana.

 

Um dos exemplos é a área para a prática de esportes que serve de suporte para várias disciplinas. Em geral, nos finais de semana toda a estrutura instalada tem uma maior ociosidade pois há poucas atividades acadêmicas. A pista de atletismo e o ginásio, por exemplo, poderiam ser compartilhados com outros públicos; claro que sob responsabilidade e controle para evitar que atividades pontuais possam prejudicar as atividades acadêmicas regulares.

 

Esta ociosidade – do uso do espaço – é maior durante as férias. São poucos os espaços utilizados constantemente, embora o custo de manutenção seja o mesmo: não há redução do número de pessoas trabalhando, o custo é praticamente o mesmo e a utilização é, por outro lado, bem menor.

 

Assim como há auditórios e salas espaçosas que podem abrigar outras atividades em um ambiente que até ajuda a desafogar o trânsito da cidade, com amplo (e gratuito) estacionamento. Geralmente o que vemos, nos finais de semana, é uma utilização das salas de aula quando há algum concurso público. Consequentemente, não há restrição para utilização pelo setor privado (quem contrata o espaço não é o órgão público que faz o concurso, mas empresa – privada – contratada para sua realização).

 

Como não há esta prática de visualizar o campus da UFRN como espaço para atividades em maior número, geralmente é lembrado para concurso público, evento no anfiteatro (poucos, por sinal) e apenas algo mais de forma pontual, aqui e ali.

 

Para não criar um imaginário diferente, volto a repetir: não se trata de ocupar a UFRN a todo tempo, mas sim de compartilhar a boa oferta de infraestrutura com a cidade, observadas as regras e responsabilidades. Dependerá também, sem dúvida, da existência de demanda para atividades culturais, esportivas, feiras comerciais etc. A UFRN já divulgou as taxas para utilização destes espaços, talvez seja necessário uma maior incorporação pelo setor privado da mensagem de que o espaço está ali, disponível. No mínimo tornaria o espaço público menos ocioso e com maior possibilidade de utilização pela população não-acadêmica. É uma opinião

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