A escola é um desafio global, não é apenas uma característica
brasileira: integração, aprendizado, brigas escolares, desrespeito aos
professores, desmotivação de estudantes, falta professores e técnicos, insuficiente
infraestrutura etc são itens que aparecem sempre que um drama escolar acontece
ou que uma nova proposta é lançada pelo poder público. E isto vale para
qualquer país. O que muda é intensidade de um (ou mais de um) destes itens e
até mesmo sua relativização, sua importância face às condições locais.
No Brasil este conjunto de problemas está inserido no
cotidiano. Mas, temos outro problema, assim como países de menor
desenvolvimento econômico, que é a integração do estudante na escola e sua permanência,
além do esperado aprendizado.
A luta contra a evasão escolar é antiga e alguns mais
antigos se lembrarão do debate sobre a necessidade, depois obrigatoriedade, da
merenda escolar como forma, também, de manter o aluno na escola. Hoje ninguém imagina
lançar a ideia de retirá-la e a motivação não é mais exclusivamente a evasão, mas
a própria condição social de milhões de famílias.
Mais recente foi lançado o “pé-de-meia” com propósito de
conceder uma bolsa para quem está na escola. É, em outras palavras, o poder
público pagando para que as crianças estudem. Dentre as diversas discussões possíveis
sobre o tema e seus efeitos, há o aspecto social, de uma indireta distribuição
de renda. Não entro aqui no mérito, a intenção destas palavras é outra.
Poderíamos ter um prêmio também para os professores das
escolas públicas, com uma finalidade quase igual: as escolas – e as turmas –
com menor evasão escolar deveriam gerar uma forma de gratificação ou adicional
(o 14º salário) para quem trabalha escola e, especialmente para os professores
das turmas que apresentem melhores resultados.
Embora a diminuição da evasão escolar não dependa
exclusivamente do professor, mas considerando que é quem passa mas tempo com os
alunos, ele pode ser um grande motivador de interesse: quanto maior o interesse
pela aula (professor) menos a chance de evasão.
A ideia é que ao final do ano letivo houvesse uma
classificação das melhores escolas e das melhores turmas. Mas não para beneficiar
apenas os primeiros colocados, poderia ser algo bem mais amplo: 50% de todas as
escolas que tivessem o melhor resultado no quesito evasão beneficiariam sua
equipe de trabalho com uma gratificação extra. Incentiva-se o aluno a ficar e
incentiva-se quem trabalha diretamente para que ele continue, todos os dias, em
sala de aula. É uma ideia.
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