quinta-feira, 24 de março de 2011

O futuro da pesca do atum. Impacto da crise no Japão

O Rio Grande do Norte sempre explorou menos do que o mercado permitia (igualmente para o Brasil) no que se refere a pesca do atum. Controlada pelo ICCAT, organismo internacional que atribui as cotas de pesca para os países, o Brasil não tinha muita representatividade nesse mercado e, justamente, porque não tinha tradição no setor pesqueiro.

 

Com o aumento da cota de pesca para o Brasil uma nova expectativa de mercado se anunciava. O Rio Grande do Norte também comemorou.

 

No RN o ano de 2010 ( US 9,8 em exportações de pescado) apresentou resultado mais significativo do que os anos de 2008/09, mas ainda abaixo do melhor desempenho de 2007, quando ficou em US 10,5 nas exportações.

 

A expectativa para 2011 face a parceria com empresas – com forte especialização na atividade – do Japão parecia anunciar uma nova fase no setor da pesca.

 

Mas, as catástrofes no Japão trazem novas incertezas para a pesca do atum no Rio Grande do Norte: considerando que o principal parceiro (tecnicamente e comercialmente falando) tem origem naquele país, como ficarão os contratos futuros? A dificuldade de distribuição e de reorganização da vida (e do próprio mercado) no Japão afetaram o consumo do peixe? Isso impactará em redução da atividade e, no caso, em que grau de redução?

 

Talvez seja prematuro especular sobre o futuro da pesca dos tunídeos no RN; mas não é possível também imaginar que poderá haver alguma alteração nos planos de investimentos da empresa japonesa aqui no Estado.


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