quinta-feira, 10 de março de 2011

RN: importador de castanha de caju da Costa do Marfim?

 

A anunciada quebra de safra da castanha de caju para esse início de 2011 pode ter uma das medidas mitigadoras do impacto nas empresas de beneficiamento no Brasil: o Governo Federal acaba de autorizar a importação de castanha de caju da Costa do Marfim, um dos principais produtores mundiais da amêndoa (assim como o Brasil).

 

Para que as empresas possam trazer o produto daquele país africano é preciso cumprir rigorosamente algumas medidas de ordem fitossanitárias: certificação (pelo órgão controlador da Costa do Marfim) de fumigação do produto, ausência de resíduos de solo e/ou qualquer vegetal e a castanha deve estar acondicionada em sacarias de primeiro uso (novas).

 

A quebra da safra, apesar de tudo, não provocou os efeitos imaginados nas exportações do mês de janeiro (ainda é cedo também para avaliar, pois impacto maior deverá ser sentido a partir de fevereiro; na data de hoje o MDIC ainda não disponibilizou os dados de fevereiro). Em janeiro de 2011 o RN exportou cerca de 382,2 mil quilos com receita de US 2,7 milhões; em janeiro/2010 foram 482,4 mil quilos e vendas em torno de US 2,6 milhões. O preço médio, portanto, da amêndoa girou em torno de US 7,11 para janeiro de 2011 e US 5,30 no mesmo mês em 2010 e, em igual período de 2009, cerca de US 5,36 (o preço na exportação varia bastante entre a amêndoa inteira, por exemplo, e o farelo da castanha, que atende às necessidades da indústria de alimentos).

 

O fato é que entre 2011 e 2010, somente nos meses de janeiro, o aumento das exportações foi de 6,2% (no Ceará, maior exportador nacional, foi de 56,4% no mesmo período).

 

A esperar, portanto, a evolução nos próximos dias tanto das exportações brasileiras e do Rio Grande do Norte quanto das importações da Costa do Marfim e verificar o real impacto da quebra da safra. Enquanto isso, alguns dados:

 

 

  • Importações brasileiras da Costa do Marfim

Ano 2010 – Sem importação

Ano 2009 – US 1,2 milhão/1,8 mil toneladas

Ano 2008 – US 6,4 milhões/7,6 mil toneladas

Anos 2006/2007 – Não houve importações

 

  • Importações do Rio Grande do Norte

Ano 2010 – Sem importação

Ano 2009 – US 42.118/15.876 quilos (origem: não cadastrada)

Ano 2008 – US 378.370/489.013 quilos (origem: Nigéria)

Anos 2006/2007 – Não houve importações

 

 


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