Nos anos 1992 comecei a conhecer
Pipa. Vi a praia já turistificada mas, principalmente, vi a grande especulação
imobiliária e os investimentos prometidos como fonte de lucros, elevados e até
mesmo imediatos. Foi a época do turismo imobiliário, como era chamado. Fiz
pesquisas acadêmicas sobre este processo de turistificação, foi o tempo de
crescimento qualitativo da praia, a gastronomia chegando e os luxos se impondo
em alguns hotéis e pousadas. O conceito de turismo de charme ou turismo de luxo
passou a ser conhecido no RN, na prática, e mudou muito o perfil: a qualidade
pretendia ser algo comum ou pelo menos caminhava para tal.
Mas, 2008 chegou e tudo mudou. Os
investimentos e o capital estrangeiro buscaram outros destinos. Pipa não entrou
em decadência, mas vários e vários projetos ficaram no papel, enquanto outros
ficaram nas ruínas que vemos hoje, as construções iniciadas e abandonadas.
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