Quando
observamos o mapa de uma região ou de um país com a indicação de consumo de
energia facilmente conseguimos identificar que as áreas com maior demanda de
energia são aquelas com maior desenvolvimento econômico. Isto decorre de dois fatores
simples: se há consumo elevado doméstico deve-se a uma qualidade de vida
residencial melhor, com acesso (primeiramente) a energia e depois a
possibilidade de adquirir eletrodomésticos que tragam melhoria ao dia a dia; e,
principalmente, quando o consumo de energia é alto deve-se ao fato de que há
produção no local, ou seja, alguém colocando produtos e serviços no mercado
(seja com baixo ou alto valor agregado) e, consequentemente, gerando empregos.
O sinônimo de
desenvolvimento econômico está ficando cada vez mais caro, e para todo mundo.
Os custos de produzir e de distribuir mais energia têm aumentado mais
rapidamente na última década, principalmente nestes últimos anos de crise
global.
E a conta
chega para o cidadão. De duas formas, a primeira aquela que sentimos no bolso
diretamente e todo o mês, quando chega a fatura mas, a outra sentimos apenas
indiretamente, pois o poder público também é grande consumidor de energia e para
pagar esta conta utiliza duas opções: aumentar os tributos ou diminuir a oferta de serviços e investimentos
públicos. Perdemos, de qualquer jeito.
A ideia,
portanto, é que todo prédio público, municipal, estadual ou federal deverá gerar
sua própria energia.
Hoje é extremamente
simples colocar placas solares nas residências e em prédios, não há mais
segredo tecnológico (o “segredo” ainda é como pagar a conta de instalação,
muito alta). Alguns órgãos públicos aqui no RN já avançaram neste conceito mas,
os exemplos continuam sendo muito mais exemplos do que uma tendência; e ainda
estamos longe para que esta tendência se torne uma realidade.
Quanto custará
o investimento? É caro, sem dúvida, mas nada que um programa de incentivo governamental
não permita avançar nesta proposta lembrando, sempre, que o retorno do
investimento é a médio prazo, entre 5 e 10 anos, dependendo do ponto de
consumo; lembrando também que daqui a 5 ou 10 anos a conta de energia, seguindo
o ritmo atual, ficará ainda maior e todos nós pagaremos esta conta.
É uma ideia.
Os adeptos da ecologia (acredito) serão a favor, o setor produtivo (fornecedores)
também e, todos nós, pagando menos tributos para conseguirmos mais serviços públicos,
agradecermos por décadas. É uma ideia.
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