Alguns fatos
curiosos aparecem neste período de quase pós-pandemia revelando algumas tendências
relativamente surpreendentes seja quanto ao conteúdo seja quando aos valores. A
notícia nova, desta vez, vem da França que registrou um aumento de 5,8% nas
vendas de cosméticos no semestre passado; e a notícia é complementada com a
explicação, de que apesar do aumento da venda de perfumes e de produtos de
maquiagem, a venda de batons aumento em surpreendentes 57,3% no primeiro
semestre deste ano! Os valores – expressivos – foram puxados pelo consumo
interno como também pelas exportações para os Estados Unidos e China.
Os quase dois
anos com muitas restrições modificaram o perfil de consumo em todos os
mercados, para mais ou para menos, e mudaram todos os parâmetros de comparação existentes.
Agora, sempre que há um crescimento em um determinado mercado a primeira
comparação é com o nível de vendas-consumo do período “pré-pandemia”.
A vaidade, em
alta
Aliás, sempre
esteve em alta e continuará sempre, com ou sem crise, qualquer que seja ela.
Basta lembrar que os desfiles de moda e os lançamentos de produtos continuaram,
inclusive aqui no Brasil embora, claro, não no mesmo ritmo de 2019. Curioso é
que este indicador – do batom – revela duas outras situações: primeiramente, o
óbvio, de que todo o mundo está buscando, de forma mais acelerada, talvez, a
recuperar a situação anterior, uma tentativa de diminuir os efeitos da pandemia
e de abrir um horizonte mais otimista; em segundo lugar, mostra que a vaidade
feminina continua bem, apesar de alguns radicalismos religiosos e de tentativas
de culpabilizar as mulheres vítimas de violência doméstica (como se o mulher
fosse o objeto do namorado, marido etc e o lado feminino não pudesse ser
valorizado de forma individual).
Em breve, o
Natal
Talvez os
números de vendas de produtos de beleza mudem ao longo deste semestre diminuindo
um pouco este impacto com a retomada da normalidade no cotidiano e com o fim do
uso de máscaras, mesmo por prevenção. Considerando que a programação para o
Natal já deve estar bem adiantada nas grandes lojas e principalmente nos
shoppings, talvez seja hora de mudar um pouco o perfil das campanhas e sobretudo
das premiações.
Avaliar a
mudança, por exemplo, dos prêmios materiais (carros, eletrodomésticos etc) por
prêmios de “bem-estar”, tais viagens, spa, shows, aventuras esportivas etc.
Depois de um duro período de muitas restrições, o bem-estar voltou à moda. Pode
ser que seja o ano do batom (cosmético) ou o ano do Batom (chocolate) mas, de
qualquer forma, seria uma boa sintonia com o consumidor se os shoppings
reconhecessem, pelo menos neste próximo Natal que, sentir-se bem (ainda) é
essencial.
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