sábado, 1 de julho de 2023

Uma ideia. Licenciamento terceirizado

 

O licenciamento ambiental no RN é conduzido, na maioria dos projetos e das cidades, pelo Idema. Órgão que tem mais atribuições legalmente definidas e pode melhor se organizar do que pequenos municípios em que, por exemplo, a criação de uma Secretaria do Meio Ambiente seria mais onerosa do que as taxas arrecadadaas com os licenciamentos: os custos inviabilizariam tal iniciativa.

No RN são 11 municípios habilitados, legalmente, para emitir licenças ambientais. Mas, em algumas situações, mesmo estes municípios, a competência continua sendo do Idema; da mesma forma, para algumas atividades e projetos a competência não é do órgão estadual, mas sim do Ibama.

 

É comum a reclamação de empresas que demandam as licenças ambientais. Algumas vezes pela chamada “burocracia” (muitas vezes a simples obrigação de comprovar os fatos e juntar os documentos), outras vezes pelo custo de elaboração da documentação (veja o caso dos postos de gasolina) e, ainda, pela demora na apreciação do processo.

 

E um dos motivos desta “demora” é o tempo que o processo fica sem movimentação dependendo de visita dos técnicos do Idema no local onde o empreendimento será erguido.

 

Em tempos de pandemia o mundo virtual tornou-se real: muitas reuniões e eventos foram virtuais e muita gente não precisou sair de casa para fazer compras.

 

No licenciamento ambiental o modelo tradicional permanece. A visita presencial é (praticamente) obrigatória e isto significa custo mas, mais importante ainda, tempo: tempo para ir até o local, tempo da viagem de volta e ainda tempo para incluir as fotos e relatórios. Quando, por exemplo, o local é mais distante da Capital, para otimizar a viagem reúne-se 1, 2, 3 ou mais projetos a visitar e, com isto, o tempo “aumenta”.

 

Daí, uma ideia: fazer parcerias com os municípios para que hajam visitas virtuais.

As prefeituras nomeariam alguém para ir ao local do empreendimento e fazer filmagens, para registro gravado, mas também monitorados virtualmente e on line, ou seja, em “sala de controle” alguém orientaria a condução das filmagens e faria as devidas perguntas. Com isto economizaria-se, pelo menos, o tempo de deslocamento, de ida e de volta. E, acredito muito, as prefeituras teriam maior interesse, afinal quanto mais cedo iniciar a atividade econômica, mas cedo serão gerados empregos e receita com os tributos.

Acho que todos ganhariam; principalmente o empreendedorismo potiguar. É uma ideia.

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