Há quase 15 anos, no dia 15 de setembro de 2008, o mundo quase parou,
quase quebrou financeiramente. Foi quando estourou a crise do banco norte-americano
Lehman Brothers. Neste dia o mundo tomou ciência – formal – da quebra e o mundo
financeiro desmoronou; quem acreditava que era apenas um problema de um banco e
lá nos Estados Unidos, percebeu no mesmo dia que não era bem assim: o impacto
foi global e imediato.
Faz 15 anos, um bom e suficiente tempo para aprendermos alguma coisa.
Uma delas é a ideia de pirâmide financeira. Não foi o caso do banco, claro, mas
tem uma pontinha de paralelo: o mundo acreditou nas hipotecas imobiliárias-financeiras
de imóveis que eram sempre valorizadas e todo mundo apostava e ia se
valorizando e mais gente entrava e continuava a valorização e... no papel, tudo
estava uma maravilha, todo mundo ficava rico. No papel.
O esquema das pirâmides financeiras é igual. No papel todo mundo fica
rico. E bem rápido. Na hora de sacar ou receber o dinheiro, os primeiros conseguem
ter um bom resultado mas, quem vem na sequência fica apenas com a promessa.
Nada mais.
Passaram-se 15 anos e ainda há métodos de enriquecimento rápido, destes
que você coloca 1.000 e alguém diz a você a você que no final do ano você terá
2.000, ou seja, 100% de lucro. E sem precisar fazer nada. Quando eu era (mais)
jovem isto tinha um nome: Banco Imobiliário. Era um jogo, a gente ficava rico
comprando tudo e ganhava até o jogo. O problema é que ao final do jogo você
devolvia, colocava na caixa e no final não tinha um centavo a mais para comprar
uma pipoca. Mas, como a gente sabia que era pura diversão, não tinha problema.
Hoje ainda tem gente que acha que pode fazer o virtual tornar-se real.
Não é mais o Banco Imobiliário na caixa, mas a internet no computador e no
celular. Em 15 de setembro de 2008 o mundo quase parou, quase quebrou. E quem
apostou em resultados mirabolantes sofreu mais do que os outros.
Hoje ainda tem pessoas apostando numa ideia destas, de riqueza fácil, e
ainda argumentam: “mas eu conheço alguém que ficou rico, que ganhou muito
dinheiro”. Eu também, mas nunca achei que o Banco Imobiliário pudesse superar a
realidade. Tem que (ainda) acredite: “acredite se quiser”. É uma opinião.
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