Há muito anos existia a ideia das colônias de férias, atividades que
eram criadas para as crianças no período das férias escolares, com eventos
diários e até mesmo com alguma permanência, 1, 2 ou mais dias. Eram tempos que
havia menos dias de aulas e menos oportunidades de lazer. Era também tempo em
que as colônias de férias eram privilégios para poucos pois, geralmente,
tinham um custo pouco acessível à maior
parte da população.
Hoje ainda existem as colônias de férias em alguns países. Os casos
clássicos dos filmes são os acampamentos nos Estados Unidos mas, há muitas
experiências em países europeus. E por lá utilizam um outro sistema de férias,
além das férias de final de ano letivo, a cada período (salvo engano, 6
semanas) regular há 1 ou 2 semanas de férias para permitir um “descanso” para
os estudantes mas também favorecer a economia do lazer e do turismo.
Acho que não temos no RN mais estes espaços e estes calendários de
férias com atividades para estudantes das escolas. Estou certamente desatualizado
deste mercado mas, temos poucas estruturas de acolhida para esta finalidade.
Não há como estruturar grandes estruturas destinadas a estas atividades,
para receber estudantes por 1, 2 ou mais dias. Mas, pode haver espaços que
possam receber os estudantes para atividades de lazer no tradicional formato “bate-e-volta”.
Poderia haver uma programação municipal, por exemplo, para permitir que alunos
pudessem visitar e conhecer outros lugares, como passeio mas também como
atividade lúdica, juntar o útil e o agradável.
Não é uma missão simples na organização. O custo, neste caso, é o menos
relevante pois toda cidade tem os ônibus escolares e os motoristas têm somente –
como todo mundo – 30 dias de férias. Poderia, no recesso das escolas, ser
criado um cronograma de atividades, de passeios por perto da cidade onde estão
os alunos para visitar as praias, os atrativos turísticos, os museus, os
lugares históricos etc. Hoje todo mundo “pode” viajar pela internet, basta
abrir o celular e conhecer qualquer lugar do mundo. Mas, a experiência
sensorial e presencial é diferente; e mais sentida e vivenciada para os jovens
adolescentes, quando estão descobrindo tudo, aprendendo.
Poderia ser estruturado um programa destes para as férias 2024. Começar agora
o planejamento e poder oferecer, de forma organizada, passeios, um programa
diferente de “colônia de férias”. Vivemos incentivando o turismo, atraindo os
turistas; poderia ser hora de começar a incentivar cada potiguar, desde jovem,
a ser turista e, começando pelo nosso RN. É uma ideia.
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