Já é hora de se começar a medir o PIB da Zona Norte de Natal, uma área urbana que durante muito tempo foi pouco percebida pelos investidores como uma boa oportunidade de negócios e de desenvolvimento; uma parte importante de Natal que refletia mais a antiga idéia de "cidade dormitório" do que simplesmente cidade.
Hoje é fácil ver o volume de investimentos que a Zona Norte desponta como, digamos, um outro eldorado em Natal e no Rio Grande do Norte (ainda que diferente do setor imobiliário ou turístico). Mas, o que hoje parece evidente e visível a todos, há bem pouco tempo não parecia tão óbvio assim. Se voltarmos no tempo a apenas cinco anos fica claro enaltecer dois investimentos que refletiam o previsível crescimento da Zona Norte de Natal: a FAL-Faculdade de Natal, como única instituição privada de ensino superior naquela região (aliás, ainda permanece) e o Nordestão, talvez o maior empreendimento econômico de um grupo local, um dos pioneiros em expansão de mercado. São, vale a pena ressaltar, dois produtos genuinamente norte-riograndenses, gerados e consolidados para atender ao público local, de acordo com suas necessidades e especificidades.
Agora em 2008 temos uma lista bem maior, do ponto de vista de novo capital investido, em novos projetos na Zona Norte: um shopping em funcionamento, outro com obras avançadas e quase em conclusão, atacadistas e supermercados etc. De empreendimentos locais, novamente, a grandes investidores nacionais e internacionais, entre supermercados e redes de fast-food, a Zona Norte de Natal parece ter sido redescoberta.
Se somados todos os novos investimentos nestes últimos doze meses chegaremos a um cifra que ultrapassa facilmente os de R$ 100 milhões; e novos empregos diretos da ordem de 3 mil ou indiretos da ordem de 10 mil. Somente esta "nova" Zona Norte que hoje Natal começa a conhecer cada vez mais equivale, sem dúvida, a cidades de pequeno-médio porte do nosso Rio Grande do Norte.
Por isso, já é hora de se conhecer o PIB da Zona Norte de Natal. Não para fins meramente eleitorais ou sugestão de divisão de uma outra cidade (imitando Rio de Janeiro e Niterói há muito tempo...). Mas sim para poder melhor valorizar capacidade de desenvolvimento de toda uma população que sempre era entendida também como economicamente ativa apesar da renda per capita menor mas demoradamente percebida pelos investidores como capaz de contribuir para o fortalecimento da economia regional.
Novos investimentos devem continuar. O primeiro passo foi dado ainda na década passada; foi apenas o primeiro de uma longa espera para um passo maior que podemos constatar todos os dias neste ano. Aliá, 2008, ano de eleição municipal, ano de acompanhar sempre mais o crescimento econômico e o desenvolvimento social da Zona Norte de Natal. O PIB, ainda que não calculado oficialmente já faz parte desta Natal que continua a crescer: a Zona Norte.
Otomar Lopes Cardoso Junior
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