sábado, 1 de outubro de 2011

O fim do mito Kodak? Ou o novo “efeito Orloff”?

A Kodak já foi um sonho de consumo de muita gente, adultos e jovens.

Até hoje, com toda a tecnologia e suas marcas dominantes, grande parte da população ainda se lembra da marca Kodak, um gigante “K” entre um vermelho e amarelo berrantes.

Mas, o tempo passa e a tecnologia muda. E é implacável com o mercado, não dá espaço para tradições nem garante lugar marcado para quem “chegou primeiro” (aliás, a Kodak não foi a primeira a inventar a máquina pessoal, portátil, que popularizou a fotografia: ela foi a segunda, mas a que soube melhor trabalhar a ideia no mercado!).

Desde 2005 a Kodak vem amargurando prejuízo, o ano de 2010 não seria diferente (desde 2005 somente um dos anos a empresa teve lucro, os demais pequenos, mas também grandes prejuízos).

O que faz uma marca tão aceita no mercado padecer e cair quase no esquecimento?

É (relativamente) simples: fixar-se em posições conquistadas dão a – absolutamente falsa – sensação de que a concorrência não alcançará ou que as coisas não mudarão tão rapidamente assim. Pura ilusão que traz perdas, às vezes, irreparáveis.

A reinvenção do posicionamento no mercado é obrigatória para todos; inclusive aqueles que não estão diretamente no negócio, Veja o mesmo exemplo da Kodak: quantas empresas estavam tranquilamente no mercado de revelação de fotos? E hoje, quem ainda “revela” fotos?...

O “efeito Kodak” pode ser muito pior do que “efeito Orloff” (lembram da propaganda). A ressaca individual pode ser curada até rapidamente mas a tsunami econômica não deixará mais do que boas lembranças. E o mercado (salvo museus) não vive de lembranças!

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