segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ENA: um modelo francês de gestão pública; 66 anos de sucesso

A ENA-Ecole nationale d’administration (ou Escola Nacional de Administração) é um ícone global quando se fala em formação e qualificação profissional no mundo de gestão pública. De origem francesa, foi criada em 9 de outubro de 1945 pelo general De Gaulle para ser um estabelecimento acadêmico para formar a “excelência” dos novos gestores.

Hoje, 66 anos após sua criação, orgulha-se de ter “produzido” 2 presidentes da república (Chirac e Giscard d’Estaing) outros 7 primeiros-ministros e um grande número de ministros e gestores de primeira linha do Governo. Os concluintes do ENA têm emprego garantido e são disputadíssimos no mercado, sobretudos os melhores classificados.

Essa proposta francesa se multiplicou em alguns outros países. Mas, a excelência dos resultados e a identidade imediatamente associada entre gestão pública e profissional qualificado está longe de repetir o sucesso europeu.

No Brasil temos a nossa ENAP-Escola nacional de Administração Pública com sua qualidade indiscutível e seus diferentes programas de requalificação de servidores públicos federais. Tem suas atribuições e suas demandas cosntantes.

Mas, falta ainda algo mais.

Alguém, que ocupa funções importantes na Administração Pública, “conta vantagens” de ter estudado na ENAP? O mercado de trabalho reconhece um profissional que conclui cursos na ENAP? Claro, o formato nosso é bem diferente, inclusive quanto a duração de cursos e sua titulação (na França, equivale a graduação); as comparações não podem ser tão imediatas.

Mas, é evidente que a proposta de fortalecer a Administração Pública teve sua inspiração em exemplos como a ENA; ficamos no modelo, não conseguimos colocar em prática os resultados. E quando vemos a repetição da corrupção no setor público, há de se pensar se não é – novamente – hora de buscar a profissionalização do servidor público? Para o bem do Brasil; o meu e o seu também.

Nenhum comentário: