terça-feira, 4 de outubro de 2011

Supermercado de bairro: distante do RN até quando? (1)

Em toda a Europa e nos Estados Unidos, Canadá etc é bastante comum encontrarmos os chamados supermercados de bairros. São aqueles pequenos estabelecimentos que oferecem os mesmos serviços de supermercados mas num espaço bastante reduzido, com lojas de até 50m2, por exemplo.

Mas, são entendidos como supermercados tendo em vista a mesma capacidade de ofertas e de lay out das grandes lojas e os mesmos serviços apenas, claro, redimensionados ao porte da loja: das marcas prime ao mix variado de setores, com publicidades em encartes, promoções e uma mesma sensação de conforto e acessibilidade de uma grande loja (o que difere muito do nosso mercado sob o aspecto das condições e serviços internos).

O consumidor desses países já está acostumado a fazer pequenas compras e é nesses supermercados de bairros que ele abastece o dia a dia. Há, certamente, os hipermercados mas, sempre – a legislação da ocupação do solo é diferenciada – em pontos distantes do centro, geralmente nas saídas das cidades (para garantir melhor fluxo de veículos e reduzir o fluxo nas áreas centrais e residenciais).

Aqui no RN já houve tentativa de investimento nesse segmento. Foi quando o volume de estrangeiros era bem expressivo no Estado e a chamada segunda residência imperava nos lançamentos imobiliários; acreditava-se que os hábitos lá no exterior seriam replicados aqui.

Mas, não deu certo. Os investimentos minguaram e a lógica de compra do norte-riograndense continua a mesma, a de procurar supermercados e hipermercados, as compras no bairro somente para aqueles itens esquecidos nas grandes compras.

A filosofia pensada para o RN não foi efetivada, mas a ideia ainda prospera em alguns momentos, mesmo se muito timidamente e ainda com uma carga de desconfiança elevada: é possível mudar esse hábito de consumo aqui em Natal? Poucos, infelizmente apostam na ideia.

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