sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Camarão, camarões, nada de camarão

 

Foi mais ou menos assim, nesta sequência: exportamos um pouco de camarão, depois, muito (mesmo) camarões e mais recentemente, nada, nada mesmo.

Qual foi o último ano de exportação: 2020, 2019, 2018, 2017...? Se você escolheu uma destas opções, foi um otimista. O último ano com registro de exportações foi em 2016.

- Em 2016, US 2,5 milhões

- Em 2015, US 114,2 mil (mil, não milhões)

- Em 2014, US 2,0 milhões

E o melhor ano neste século? Foi em 2004, com US 82,3 milhões. Bons tempos!

Mas, o que houve?

Antes, como começou: depois de vários fracassos na tentativa de criar camarão em escala comercial no RN, em projetos estatais ou privados, finalmente o setor privado descobre a variedade mais adequada ao nosso clima. Mas, não era suficiente: foi “necessária” uma epidemia nos maiores produtores asiáticos e em outro grande produtor, o Equador, para o mundo olhar para esta esquina continental e começar a demanda camarão. Pronto, começou o “boom” e muita gente entrou no mercado.

A realidade econômica mudou, a questão sanitária também e o mercado internacional se reorganizou. Não conseguimos seguir na mesma trajetória.

Mas, não significa que não produzimos camarão. O mercado nacional é forte, embora os grandes produtores ainda sentem saudades de emitir uma fatura em dólar e, a isto conjugado, ao fato de que o produtor podia se permitir embarcar o produto somente com o pagamento antecipado. Bons tempos!

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