Interessante as justificativas da
Cosern para o aumento de consumidores-consumos em 2020:
- Residenciais (+ 6,1%):
“principalmente pelas altas temperaturas registradas nos últimos meses,
crescimento da base de clientes e pelo aumento do home-office”. Ok para as duas
últimas explicações mas, atribuir o aumento do consumo ao calor do verão...
deve ter sido empolgação ou então o verão de 2019 foi muito ameno, quase um
inverno europeu.
- Industriais: meio confusa a
explicação, não permite a comparação real entre mercado livre e mercado cativo
mas atribui aumento do consumo ao “retorno das atividades econômicas,
principalmente pelos setores de construção civil, têxtil, petróleo e gás”.
Tenho dúvidas desta forte retomada do setor têxtil, o Estado conta com grande
produção de confecção (p. ex., Guararapes) e acho com poucas indústrias têxteis
(p. ex., Vicunha); quanto ao retorno das atividades de gás, talvez tenha sido
para as termoelétricas, enquanto as informações sobre petróleo não pareciam
indicar tal relevância no crescimento econômico estadual em 2020.
- Comercial (- 18,6%): queda muito
expressiva e preocupante! Mas, outro fator explicativo da Cosern foi a “redução
do ciclo de leitura do Grupo A, ocorrido em novembro e dezembro de 2020”. Não
consegui entender a motivação da redução do trabalho que afeta as contas da
empresa, reduzindo o faturamento. Seria em função de algum planejamento
tributário? Reduzir impostos? Qual a lógica por trás da deliberada declaração
de redução no registro das contas?!
- Rural (- 6,0%): as mesmas
razões da classe comercial, acrescida “pela menor demanda de irrigação (aumento
das chuvas em relação ao ano anterior)”.
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