domingo, 6 de agosto de 2023

Opinião. Paulo Afonso, quem?

 

Em tempos de hidrogênio verde, mais “moderno” do que as usinas fotovoltaicas, mais do que as usinas eólicas e ainda mais do que as usinas offshore, ainda fica na memória a ideia de Paulo Afonso, da “chegada” da energia no RN a partir da usina hidrelétrica.

Para quem é mais jovem e já nasceu e cresceu entendendo que energia elétrica é algo “natural” ou “normal”, a referência não faz sentido: e não havia energia para todo mundo?! Se a explicação fosse financeira, talvez a turma mais jovem entenderia mas, não ter energia em todas as residências, principalmente no meio urbano parece surreal.

 

Talvez esta geração que não entende Paulo Afonso também não entenderá quando não havia internet ou quando a internet era discada e todo mundo tinha que fazer algumas escolhas: usar o telefone ou a internet? Usar a internet durante o dia ou de madrugada? Pergunta hoje sem nenhum sentido e eram situações bem mais próximas no tempo do que Paulo Afonso.

 

Os marcos temporais são outros e mudam em uma velocidade que não conseguimos acompanhar com a mesma simbologia. Basta perguntar quando foi que começou Facebook, quando todo mundo criou seu Instagram e quando foi que TikTok invadiu os celulares: será que alguém sabe os períodos exatos de cada um deles?

 

Não é que tenhamos perdido os referenciais, mas é que a turma mais jovem já entendeu que as mudanças acontecem com muito mais facilidade e velocidade do que contavam os pais e avós e que mesmo sem entender o conceito de disruptivo, entendem muito bem o seu significado no mundo prático e moderno de hoje. É assim, é assim mesmo.

 

Talvez a primeira usina de hidrogênio verde ou o primeiro parque eólico offshore receba um nome que caia no gosto popular e se torne uma referência, nem que seja para datar o tempo e percebermos quanto as coisas mudaram neste ontem nem tão distante assim. Vamos torcer que o primeiro deste (ou destes) investimentos privados seja aqui no RN, com um nome referencial e de fácil lembrança, talvez até internacional ou até mesmo potinternacional, um misto entre algo potiguar e algo com conotação internacional. Mas, antes, será necessário saber qual será a cidade que receberá este primeiro grandioso investimento ou, no caso de offshore, qual a praia mais próxima. É uma opinião.

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