Em tempos de hidrogênio verde, mais “moderno” do que as usinas
fotovoltaicas, mais do que as usinas eólicas e ainda mais do que as usinas
offshore, ainda fica na memória a ideia de Paulo Afonso, da “chegada” da
energia no RN a partir da usina hidrelétrica.
Para quem é mais jovem e já nasceu e cresceu entendendo que energia
elétrica é algo “natural” ou “normal”, a referência não faz sentido: e não
havia energia para todo mundo?! Se a explicação fosse financeira, talvez a
turma mais jovem entenderia mas, não ter energia em todas as residências,
principalmente no meio urbano parece surreal.
Talvez esta geração que não entende Paulo Afonso também não entenderá
quando não havia internet ou quando a internet era discada e todo mundo tinha
que fazer algumas escolhas: usar o telefone ou a internet? Usar a internet
durante o dia ou de madrugada? Pergunta hoje sem nenhum sentido e eram
situações bem mais próximas no tempo do que Paulo Afonso.
Os marcos temporais são outros e mudam em uma velocidade que não
conseguimos acompanhar com a mesma simbologia. Basta perguntar quando foi que
começou Facebook, quando todo mundo criou seu Instagram e quando foi que TikTok
invadiu os celulares: será que alguém sabe os períodos exatos de cada um deles?
Não é que tenhamos perdido os referenciais, mas é que a turma mais jovem
já entendeu que as mudanças acontecem com muito mais facilidade e velocidade do
que contavam os pais e avós e que mesmo sem entender o conceito de disruptivo,
entendem muito bem o seu significado no mundo prático e moderno de hoje. É
assim, é assim mesmo.
Talvez a primeira usina de hidrogênio verde ou o primeiro parque eólico
offshore receba um nome que caia no gosto popular e se torne uma referência,
nem que seja para datar o tempo e percebermos quanto as coisas mudaram neste
ontem nem tão distante assim. Vamos torcer que o primeiro deste (ou destes)
investimentos privados seja aqui no RN, com um nome referencial e de fácil
lembrança, talvez até internacional ou até mesmo potinternacional, um misto
entre algo potiguar e algo com conotação internacional. Mas, antes, será
necessário saber qual será a cidade que receberá este primeiro grandioso
investimento ou, no caso de offshore, qual a praia mais próxima. É uma opinião.
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