sábado, 6 de abril de 2024

Uma ideia. Banco de aulas

 

A greve é um instrumento absolutamente legítimo e inquestionável para diferentes categorias profissionais, em especial para os professores. Por outro lado, o acesso à educação é uma obrigação constitucional e um dever de toda pessoa que tornar-se professor. Uma vez professor não se pode deixar de pensar no aluno e na sua formação, ainda que isto significa ponderar a condição de uma greve.

 

No RN o noticiário é de que poderemos ter greve de professores. Volto a repetir, legítima. Mas, penso também que a educação não é uma forma estática e isolada de aprendizado é, antes de tudo, uma construção que pode estar solidificada se os passos e etapas estejam em acordo com a pedagogia e o conteúdo programático assim como ser apenas uma cortina ou uma estrutura frágil se não seguir o clássico ritual de aula-professor-aluno-conhecimento. Assim como uma estrutura de construção, para usar esta analogia, é sólida se bem alicerçada e na sequência e tempo corretos, uma estrutura “furada” ou sem todos os ingredientes pode desmoronar a qualquer tempo; na educação, este desmoronamento aparece quando o aluno tenta chegar ao mercado de trabalho.

 

Dito isto, poderíamos imaginar, e agora com todo o aparato tecnológico disponível, em ter um “banco de aulas” para os momentos de greve. Mas, calma, logo avisando, não significa substituir o professor! Senão, estaríamos trocando a sala de aula por um aula gravada, uma EAD.

 

A proposta é que possa haver um “banco de aulas” passadas, isto é, uma estrutura de conteúdo que pudesse estar à disposição do aluno quando houvesse uma greve para que ele tenha acesso e possa rever os conteúdos já repassados pelo professor. Uma forma de mantê-lo conectado com o conteúdo, deixá-lo com disponibilidade de conhecimento e mais ainda, na retomada das aulas, diminuir o tempo de “memória”, de ter que relembrar o que foi transmitido antes de começar novo conteúdo.

 

O “banco de aulas” não é a substituição do professor durante a greve! Mas é uma possibilidade de acesso constante e permanente ao aluno, a qualquer tempo, inclusive durante a greve para que, retomada as aulas, não se perca o tal “fio da meada”, fundamental em todo processo de formação educacional. É uma ideia.

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