quarta-feira, 24 de novembro de 2010

2011 com cabotagem no Porto de Natal

Essa é uma expectativa grande de vários setores da economia norte-riograndense, de obter, finalmente, uma linha regular de cabotagem para o recebimento de material e escoamento de nossa produção pelo Porto de Natal, reduzindo - espera-se - o custo do transporte rodovíário que onera sensivelmente algumas linhas de produção no Estado (a repetitiva história que consumimos muito e mandamos menos mercadorias para fora do Estado, o que faz que os caminhões voltem "batendo" e aí, o custo desse retorno sem frete é absorvido pelos grandes consumidores de matéria-primas que pagam, quase, em duplicidade o frete original).

 

Mas, há forte expectativa também para os setores exportadores. Com a nagevação de cabotagem e a facilidade de escoamento para portos vizinhos que têm linhas regulares para os Estados Unidos ou Ásia e África, poderá diminuir a dificuldade (leia-se custo e tempo) para abrir novos mercados compradores no exterior. Mas, isso eliminaria a competitividade do Porto de Natal? Acredito que não pois não temos hoje linhas regulares para esses destinos tendo em vista não termos cargas suficientemente constantes para que aja uma programação regular de navios aqui em Natal. Acredito que isso reforçará o Porto de Natal nesse contexto e que, com novas receitas, poderá oferecer mais serviços e novas comodidades aos já atuais exportadores.

 

Um dos setores que "posta" na navegação de cabotagem é o de supermercados e de atacadistas-distribuidores: praticamente todas as mercadorias (em grandes volumes) se utilizam de frete rodoviário, com custo elevado. Com a cabotagem espera-se reduzir parcela dessa custo. Mas, é preciso atentar para dois fatores essenciais para que a cabotagem permaneça efetiva: consolidação de cargas no sentido de que os grandes compradores devem se "unir" pelo menos quanto às datas de embarques e compras (para fazer volume) mas também uma maior capitalização dessas empresas que, não mais comprarão "um caminhão" de arroz com frequências espacejadas, mas o equivalente a um volume maior e, portanto, maior desembolso também. Esse segundo critério nós já temos, as empresas aqui ou daqui têm esse potencial; mas a união precisa se costurada e construída.

 

O Porto de Natal, na expectativa de seu entusiasta Presidente, Emerson Fernandes, informa que no próximo semestre já deveremos ter outra movimentação naquele ponto logístico; as empresas do setor caminham nesse sentido e o Porto está orientado na mesma direção. Será uma ótima notícia para começar o ano de 2011!

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

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