segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Dore: centenária e sempre buscando um público jovem

     Dore Cola. Talvez voê não seja tão fã quanto provavelmente foi muito fã da Grapette, principalmente do inesquecível slogan (como o slogan é inesquecível, logicamente, não vou mencionar aqui).

     A mais do que centenária empresa (fundada em 13 de junho de 1911) começou com um nome também peculiar, a Fábrica Anglo Brasileira de Águas Gasosas. Anglo-brasileira, afinal, seu fundador era um inglês que se mudou para o Brasil em 1898, mais exatamente em João Pessoa, para trabalhar na então Great Western of Brazil Railway, um nome familiar para quem alcançou os trens em Natal ou para quem pesquisa sobre a história da Cidade. A história da Dore tem vários capítulos, entre uma segunda unidade e sua interrupção na produção para se consolidar, a partir de 1952, quando os 3 filhos do fundador retomaram o projeto. E aí vem a explicação do atual nome. O inglês, pioneiro, chamava-se Sidney Clement Dore e os três filhos, Waler Byron Dore, James Wallace Dore e William Albert Dore.

    A marca Dore passou a conquistar novos clientes e a Grapette, um estrondoso sucesso com a criançada, reforçava a necessidade de expandir a unidade que, no Alecrim, já não atendia mais à demanda. Em 1995, a nova razão social, Sidore, muda-se para uma ampla unidade em Parnamirim, onde está instalada até hoje.

    A marca Dore continua. E a Sidore continua a rejuvenescer, entre energético (Mormaii Energetic) e suco (Tampico), buscando reforçar seu apelo junto às crianças (com o suco) e aos jovens (com o energético). Conheci, como aprendi a chamar, "Seu Dore" e também seu filho. Acompanhei, com um dos mais novatos, a expectativa de exportação, um passo ousado mas extremamente competitivo em uma guerra de preços.

    Dore, como dizia "Seu Dore", não é tubaína (quando o nome era pejorativo). Dore é refrigerante. Da época da Dore Cola, passando pela Grapette e, agora, no Tampico, continuo fã da empresa e de sua história.

 

Obs: este e outros textos sobre empresas do RN não são patrocinados, não é uma ação de marketing empresarial. É apenas uma escolha pessoal em apresentar algumas empresas e incentivar, preferencialmente, o consumo local, a geração de riquezas no Estado.


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