domingo, 27 de setembro de 2020

OPINIÃO. Na moda da expressão “imunidade de rebanho”

 

     Há cada dois anos temos o ciclo eleitoral, hora de decidir sobre os gestores dos recursos púbicos, ou seja, o de todos nós.

     Infelizmente, eu diria, lamentavelmente, entraremos na cíclica fase da popularizada expressão “imunidade de rebanho” (sem nenhuma, claro, conotação pejorativas; apenas ilustrando a questão com uma expressão que temos ouvido quase diariamente nestes dias de pandemia). Mas, desta vez, com um aspecto mais crítico: muita gente votará apenas por ser uma obrigação passível de alguma punição, em outras palavras, estará em frente à urna eletrônica presencialmente, mas mentalmente pensando mais na praia e no churrasco do que das consequências de sua escolha.

     Não defendo, aqui no Brasil, a não-obrigatoriedade do voto. Acredito que as mudanças podem vir de forma democrática pelo voto, não pela fora econômica que seria mais predominante se houvesse o voto facultativo.

     Mas, voltando ao tema. Estamos na era da superexposição de informações, um crescente número de pessoas com acesso à educação formal e, nesta eleição, uma das maiores proporções de eleitores mais velhos. Temos, além de outros aspectos, tudo para fazer uma eleição com resultados promissores, sem fisiologismo ou promessas sem futuro. O difícil, mesmo, é combater esta “imunidade” e tornar o eleitor consciente de sua escolha. Afinal, “mais do mesmo” ainda é pouco quando se pode avançar.

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