domingo, 27 de setembro de 2020

OPINIÃO. Os ventos e eventos dos incentivos eólicos

 

     Com regularidade o Ministério de Minas e Energia divulga o enquadramento de algum projeto de eólica no chamado Reidi- Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura. Recentemente, na última quarta-feira (23), foi o momento da Voltalia, com seu projeto em Areia Branca. Com o incentivo, a conta para o investidor ficará R$ 12,2 milhões menor, diante de um investimento previsto de R$ 120 milhões em obras (que devem ser iniciadas agora em outubro e concluídas até abril do próximo ano).

     Incentivos ao setor privado são regra no Brasil e no mundo inteiro. Nada de novo e qualquer que seja a agenda política-filosófica, sem os incentivos governamentais alguns projetos nunca aconteceriam.

     Em geral, os incentivos seguem uma estratégia como, por exemplo, investimentos elevados na área de infraestrutura ou em segmentos de difícil interesse do setor privado. Hoje, as energias renováveis – em todo o mundo – deixaram de ser uma atividade de alto risco para o setor privado, basta ver o volume de investimentos a cada leilão e a quantidade de capital global e privado aplicado em pesquisa e inovação: é que o mercado não é mais promissor, o mercado é extremamente rentável!

     Em breve, 5 anos, talvez, começaremos a discutir o dilema destes incentivos. Os empreendimentos são cada vez mais lucrativos e a concorrência cada vez maior. No mínimo, com o tema debate, economizaremos todos, a começar pela diminuição tão deseja na conta de energia de cada residência ou empresa; e se ajudar nas contas públicas, ganharemos em dobro.

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