Com regularidade o Ministério de Minas e
Energia divulga o enquadramento de algum projeto de eólica no chamado Reidi- Regime
Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura. Recentemente, na
última quarta-feira (23), foi o momento da Voltalia, com seu projeto em Areia
Branca. Com o incentivo, a conta para o investidor ficará R$ 12,2 milhões
menor, diante de um investimento previsto de R$ 120 milhões em obras (que devem
ser iniciadas agora em outubro e concluídas até abril do próximo ano).
Incentivos ao setor privado são regra no
Brasil e no mundo inteiro. Nada de novo e qualquer que seja a agenda
política-filosófica, sem os incentivos governamentais alguns projetos nunca
aconteceriam.
Em geral, os incentivos seguem uma
estratégia como, por exemplo, investimentos elevados na área de infraestrutura
ou em segmentos de difícil interesse do setor privado. Hoje, as energias renováveis
– em todo o mundo – deixaram de ser uma atividade de alto risco para o setor
privado, basta ver o volume de investimentos a cada leilão e a quantidade de capital
global e privado aplicado em pesquisa e inovação: é que o mercado não é mais
promissor, o mercado é extremamente rentável!
Em breve, 5 anos, talvez, começaremos a
discutir o dilema destes incentivos. Os empreendimentos são cada vez mais
lucrativos e a concorrência cada vez maior. No mínimo, com o tema debate, economizaremos
todos, a começar pela diminuição tão deseja na conta de energia de cada residência
ou empresa; e se ajudar nas contas públicas, ganharemos em dobro.
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