A COP 28 não foi a das mais promissoras em resultados, mas está longe do
fracasso das edições anteriores. Um marco, no entanto, avança a cada ano, o
conceito de que é possível modificar alguns parâmetros de consumo e de produção
sem, no entanto, ser necessariamente radical, de um lado ou de outro. Por isto,
algumas ideias podem ser implementadas de forma escalonada, seguindo a
tendência e mostrando uma direção a curto e médio prazos.
Muito se comenta sobre a forma de produção (indústrias, principalmente)
e a forma de consumo e, neste ponto, sempre com maior foco no cidadão comum,
como se a responsabilidade fosse somente a ele atribuída. É necessário, no
entanto, lembrar que um dos grandes consumidores aqui no Brasil e em todo o
mundo é o poder público.
Não é fácil mudar a mentalidade compradora do poder público, sem
mencionar todas as restrições legais quando se pretende fazer qualquer mudança
na legislação. Mas, há iniciativas que independem de mudança na “lei de licitações”
e podem ser adotadas por decisões administrativas.
Uma destas ideias é começar a ter na frota de veículos públicos carros
elétricos, e isto vale para os carros comprados como aqueles alugados. Mudança
aos poucos, para também não mudar drasticamente o investimento existente mas,
mostrando que, por exemplo, em 5 (ou 10, até) anos todos os veículos utilizados
pelo poder público seriam elétricos. Uma boa contribuição para meio ambiente e também para o setor
produtivo.
Poderia ser assim: em 2025 pelo menos 10% da frota (própria ou alugada)
deverá ser elétrica, no ano seguinte passaria para 25% e depois um escalonamento
até 2030, nenhum veículo com combustível fóssil. Até 2025 daria tempo de todo mundo
se acomodar e, no ritmo atual, não faltarão veículos elétricos disponíveis. É
uma tendência, hoje, que parece ser uma realidade em breve. O exemplo dos
poderes públicos poderia contribuir com isto.
E, pensar que a COP 30 será no Brasil, ter veículos elétricos na
administração pública seria um ganho sensacional e também real. É uma ideia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário