domingo, 25 de dezembro de 2022

Opinião. Ano Novo, turismo novo

 

O Ano Novo coloca o turismo, mais uma vez, no centro das atenções para a movimentação da economia potiguar que, felizmente, hoje já não é mais tão dependente deste segmento e sua concentração em poucos meses do ano, no período do tradicional veraneio, entre dezembro e fevereiro.

O turismo hoje movimenta bastante a atividade local (pois está concentrada em Natal) ao longo de todo o ano, apesar dos picos e das baixas, como ocorre em atividades sazonais. A sazonalidade, no entanto, tem um lado menos positivo: a repetição. Algumas vezes, por achar que o fato será repetitivo tudo se manterá como no ano anterior, ou pior, como nos anos anteriores; alguns esquecem de inovar, ainda que seja com pequenas mudanças.

 

No turismo não pode ser diferente, a sazonalidade cansa e desgasta se não tiver novidades. Certamente não é mudar o sol e a praia... mas pode-se mudar roteiros – papel dos setores públicos e privados – e condições de atendimento ao turismo. Neste último aspecto, a contribuição dos investidores privados é fundamental.

Nada de tentar aplicar o famoso “time que está ganhando não se mexe”. Se alguém da hotelaria tiver dúvida, pode buscar avaliação da gastronomia, da gastronomia de qualidade, em que os cardápios são renovados com regularidade, por um simples motivo: ser bom ou ser ótimo não significa ser sempre igual, é possível continuar sendo bom ou ótimo inovando.

 

Algumas pousadas e hotéis têm mais capacidade de investir e podem apresentar melhorias com mais frequência, algumas vezes de grande porte ou estruturais mas, nada impede que, por exemplo, pequenas modificação na recepção, mudança da roupa de cama, mudança dos quadros, alteração no cardápio e até mesmo a oferta de novos serviços turísticos (passeios) terceirizados possam ser implementadas pelo menos uma vez por ano. E se a tarifa da pousada/hotel visa um público com maior poder aquisitivo, as mudanças tendem a ser vistas como melhorias.

 

Vem aí Ano Novo e nova onda de turistas. Ano Novo e um pouco de inovação para que o “novo” não esteja presente apenas o calendário, mas na certeza de continuada renovação do turismo e dos turistas. É uma opinião.

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