O mundo é desigual, sempre foi, e deverá continuar por muito tempo. Este
é o mundo normal, com suas diferenças, o mundo anormal é quando as
desigualdades são exageradas, a diferença entre os mais ricos e os mais pobres
alcança uma distância muito grande.
Mas de vez em quando temos a sensação que o descompasso se acentua,
ainda que seja com algo pontual e não necessariamente permanente ou impactante
de forma extensiva. É o que estamos vendo nestes últimos dias com a corrida
para a lua, a perseguição em voltar a ter uma nave pousando por lá e alguém
caminhando, novamente.
Não há, em tese, sentido em voltar à lua. Mas, deve ter algum sentido
nas pesquisas desenvolvidas para a tecnologia espacial e que poderá ser, um
dia, eventualmente, aplicada aqui na Terra e em benefício de mais pessoas. O valor
gasto com tais projetos resolveria, por exemplo, a fome em muitos lugares pois,
afinal, são bilhões em investimentos para um único projeto. Sei que a conta
ideal a se fazer não é esta.
Mas é uma boa conta para ver quanto dinheiro está disponível no mercado
e quanto é possível investir quando há interessados e lucros.
Para o poder público é um pouco parecido, haverá sempre possibilidade de
grandes investimentos públicos para mega projetos e o que sempre se espera é
que o resultado da aplicação dos recursos, agora, em projetos grandes, possa
trazer resultados – também grandes – no aspecto social. Espera-se que o
investimento financeiro de agora traga lucros, muitos, mas não econômicos, mas
sociais ou no mínimo vantagens socioeconômicas.
Todo investimento privado pode ser mensurado pela última linha, a do
lucro, para qualquer projeto, ainda que gigantesco. Deveríamos ter uma última
linha social também para projetos públicos que puxam muitos recursos
orçamentários. Uma última linha que não seria expressa em reais (ou dólares)
mas, em felicidade social. É uma opinião.
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