terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma “crise do petróleo” brasileira

Uma “crise do petróleo” brasileira

A primeira crise mundial do petróleo, em 1973, colocou o mundo diante da indispensável condição de programar suas necessidades em energia face à concentração do mercado produtor. De lá para cá muita coisa muito, dentre elas, a descoberta de novas fontes de energia e de novas capacidades de produção; mas, a alternativa de substituição plena do petróleo ainda não está na pauta internacional.

O Brasil, que começou a perceber que seu “milagre econômico” não resistiria à condições naturais do mercado – lei da oferta e da demanda – sofreu com os efeitos da alta do petróleo pagando, literalmente, um bom preço.

Atualmente, as condições são bem distintas, não resta dúvida. Mas, a dependência das importações de petróleo e derivados continua; e forte, apesar de toda a produção brasileira. Em 2010 o Brasil importou US 284,7 milhões em gasolina; nesse ano, somente até o mês de julho, já foram US 330,3 milhões. E o ano ainda está “longe” de acabar com uma demanda que não será – já se sabe, de acordo com as projeções da safra 2011/12 do etanol – atendida pela produção interna: ou seja, o Brasil precisará aumentar suas importações de combustível.

A nova crise do petróleo brasileira padece também do crescimento interno e da forte demanda por combustíveis. A pressão inflacionária será novamente a preocupação do controle da importação e dos preços ao consumidor final.
O mais curioso nessa nossa crise é que para 2012 já estão asseguradas as importações de anidro dos Estados Unidos! Se foi o Brasil quem “inventou” o carro a álcool e os norte-americanos acharam interessante a ideia, eles farão também bons negócios no futuro.

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