A Arezzo, tradicional marca de moda
feminina (para o eventual público desavisado masculino) anunciou a compra da
Reserva, marca que faz sucesso nacionalmente com uma moda jovem. Os preços da
Reserva são também, algumas vezes, reservados para um público com maior renda,
faz parte da estratégia de posicionamento da marca, cada empresa escolhe o
mercado que acha que terá melhor desempenho.
Não sei a Arezzo teve ou tem alguma
produção no RN, mesmo em parceria. Mas, a Reserva – pelo menos no início deste
ano – tinha parceria com algumas empresas de facção (ou oficina de costura) no
Estado. Salvo engano, não eram muitas empresas mas, certamente um boa
visibilidade para o setor e para aquelas empresas que faziam esta parceria
comercial.
Algumas marcas maiores são muito
restritivas, inclusive na divulgação de quem costura para elas. Um dos exemplos
é a C&A, que não tem fábrica própria e também não faz estardalhaço sobre
seus fornecedores. Pode ser uma proteção para evitar que a concorrência siga o
mesmo caminho ou simplesmente a ideia de evitar que o consumidor saiba que a
roupa que está comprando foi costurada em uma cidade pequena, em uma unidade
industrial pequena. Aliás, esta ideia não é brasileira, todo mundo já aprendeu
que Nike, Iphone, Lacoste e tantas outras marcas globais são fabricadas em
países menos economicamente desenvolvidos, Vietnã, Bangladesh etc.
Mas, e como ficará aqui, com o nosso RN? E
com o que ficou ainda caracterizado como Pró-Sertão?
Toda mudança como esta significará mudança
de estratégia, nova visão empresarial, industrial e comercial.
Muito cedo para avaliar o impacto local. Mas
não tão tarde para preparar uma visita aos executivos da Arezzo e demonstrar a
qualidade da produção das facções do RN; o setor poderia começar a traçar suas
estratégias diante desta novidade.
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