domingo, 25 de outubro de 2020

OPINIÃO. Procura-se: influenciador eleitoral

 

     Em outras eleições me acostumei a ver três profissionais de mercado bastante requisitados: o publicitário, o criador do jingle e o cara da serigrafia. O primeiro não somente criava a estratégia de marketing para o programa eleitoral como era também um consultor político nos debates, o segundo era considerado essencial quando a música colava (música-chiclete) e nos carros de som e nos tempos de comícios agitava as pessoas com o refrão, enquanto o terceiro, era fundamental para produzir o mais rapidamente possível camisas, bandeiras, adesivos, santinhos e todo material que ajudasse na divulgação – materialmente falando – da campanha.

     Os tempos foram avançando e entrou em cena, embora já existisse nos bastidores, o responsável pela arrecadação. Depois, o responsável pela prestação de contas era fundamental, principalmente depois que os tribunais cassaram candidatos e eleitos com erros básicos na contabilidade da campanha.

     Talvez o profissional da serigrafia tenha perdido muito espaço nas campanhas atuais, assim como o criador de jingle, embora em menor escala, principalmente nas cidades de médio-grande porte em que carros de som se tornaram verdadeiros chamarizes de não-voto: tanto barulho incômodo que cria antipatia.

      Com toda a tecnologia, que já estava na campanha passada, mas agora com quase todo mundo tendo que conviver com o mundo virtual, a internet é um grande instrumento promocional. Quando vejo algumas propagandas no Instagram, por exemplo, acho que nem todo mundo percebeu como deve ser a comunicação virtual: apenas a foto e o gigantesco número na imagem não garantem muita coisa no mundo on line.

     Por isto, nas próximas eleições, com o aprendizado geral, a profissão ideal será a do influenciador eleitoral (assim mesmo, em português, pois em inglês soa bem diferente: electoral influencer).

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