Em outras eleições me acostumei a ver três
profissionais de mercado bastante requisitados: o publicitário, o criador do jingle e o cara da serigrafia. O
primeiro não somente criava a estratégia de marketing para o programa eleitoral
como era também um consultor político nos debates, o segundo era considerado
essencial quando a música colava (música-chiclete) e nos carros de som e nos
tempos de comícios agitava as pessoas com o refrão, enquanto o terceiro, era
fundamental para produzir o mais rapidamente possível camisas, bandeiras,
adesivos, santinhos e todo material que ajudasse na divulgação – materialmente falando
– da campanha.
Os tempos foram avançando e entrou em
cena, embora já existisse nos bastidores, o responsável pela arrecadação.
Depois, o responsável pela prestação de contas era fundamental, principalmente
depois que os tribunais cassaram candidatos e eleitos com erros básicos na
contabilidade da campanha.
Talvez o profissional da serigrafia tenha
perdido muito espaço nas campanhas atuais, assim como o criador de jingle, embora em menor escala,
principalmente nas cidades de médio-grande porte em que carros de som se
tornaram verdadeiros chamarizes de não-voto: tanto barulho incômodo que cria
antipatia.
Com toda a tecnologia, que já estava na
campanha passada, mas agora com quase todo mundo tendo que conviver com o mundo
virtual, a internet é um grande instrumento promocional. Quando vejo algumas
propagandas no Instagram, por exemplo, acho que nem todo mundo percebeu como
deve ser a comunicação virtual: apenas a foto e o gigantesco número na imagem
não garantem muita coisa no mundo on line.
Por isto, nas próximas eleições, com o
aprendizado geral, a profissão ideal será a do influenciador eleitoral (assim
mesmo, em português, pois em inglês soa bem diferente: electoral influencer).
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