A previsão para 2030 é de que 87%
de toda a energia elétrica produzida no Brasil tenha como fonte uma
matéria-prima renovável: água, biomassa, sol ou vento. As térmicas, por
exemplo, ficariam com 11% deste total no final do decênio. Esta é uma realidade
que vem mudando ao longo dos anos mais recentes, como mostra o gráfico. Alguns
fatores ajudam a explicar esta mudança de cenário em um pais tão acostumado a
ouvir falar da imponência das hidroelétricas, as gigantescas obras que fariam a
diferença na economia e sociedade nacional.
O primeiro deles, e primordial, é
a questão ambiental: uma nova hidrelétrica, de grande porte, torna-se cada vez
mais improvável não somente pelas condições naturais mas, principalmente pela
crescente dificuldade em obter-se todas as licenças em tempo hábil.
O segundo deles, também
primordial, é a questão financeira: uma nova hidrelétrica exige um volume de
capital muitíssimo elevado e somente capital público incentivado (BNDES, por
exemplo) não parece ser suficiente, dependendo de um grande (ou mega)
investidor internacional disposto a assumir todos os riscos.
A tendência, portanto, quase
“natural” é o aumento da participação da energia renovável na matriz de
produção brasileira; uma matriz “seca”, menos dependendo de lagos e rios para
garantir o abastecimento das hidrelétricas.
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