quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Placas solares “flutuantes”?

 

As primeiras contratações em leilões para energia solar/fotovoltaica ocorreram no ano de 2014. Parece até que faz muito tempo mas, em menos de uma década esta opção ganhou todas as atenções, sobretudo no Nordeste e, mais ainda, em regiões em que a matéria-prima mais “abundante” é o sol; as condições climáticas não ajudam, em muitas cidades do nosso Semiárido, ao agronegócio, a opção energética mereceu toda a atenção.

Mais recentemente, os açudes e represas foram “descobertos” como local ideal para instalação de placas solares. Temos, desde então, a ideia da fotovoltaica flutuante. Há, sem dúvida, algumas boas vantagens: não há poluição para danificar as placas (não tem área por perto), há uma regularidade na “superfície” (afinal, o espelho d´água é plano, não precisa adequar as placas a eventuais declives, como em terra), o custo de arrendamento tende a ser menor (quando não, em áreas públicas, custo ainda menor), não precisa construir estradas de acesso etc. Mas, há outros custos diferentes, tais as boias e os acessos às redes de distribuição.

Mas, financeiramente, é mais barato o investimento?

De acordo com a EPE a fotovoltaica flutuante e apenas um pouco mais cara do que uma eólica (Capex R$/kW entre R$ 3.800 e R$ 6.500) e também um pouco mais cara que a fotovoltaica tradicional (Capex R$/kW ente R$ 3.000 a R$ 5.000).

Por enquanto o investimento é mais alto. Mas, se o efeito escala seguir o mesmo perfil das eólicas, em breve teremos espelhos d’água e espelhos solares em harmonia na paisagem de açudes do RN.

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