Nesta semana, em um evento conduzido pelo poderoso
Sindirecicla, o maior sindicato da indústria do RN, um número expressivo foi
apresentado: em breve o RN poderá ter 50% de seu lixo reciclado. Atualmente,
filiados, são mais de 30 empresas que se classificam como indústria, ou seja,
recolhem o material despejado e transformam em um novo produto com, em tese é
esta a regra, algum valor agregado.
Esta turma recolhe o material inservível que é colocado
na rua ou que os catadores saem buscando pela cidade, tentando conseguir – literalmente
– alguns trocados com esta coleta para depois revender para um atravessador
que, provavelmente, venderá para outro atravessador antes de chegar na indústria.
É um bom negócio, principalmente para quem está na ponta final.
O lixo urbano, aquele que descartamos, com ou sem
triagem, muitas vezes também passa por um processo seletivo para separar aquele
que pode ter maior interesse financeiro.
O lixo de Natal, por exemplo, é conduzido para o aterro
em Macaíba, da empresa Braseco. Várias outras cidades fazem igual. Depois,
parte dele pode ter um destino economicamente mais promissor. Em outras
palavras, no final, parte de nosso lixo é vendido.
Portanto, se alguém vende nosso lixo, nada mais natural
que tenhamos uma redução na taxa de lixo! Quanto maior a coleta seletiva,
quanto maior a triagem, quanto maior a destinação e aproveitamento do nosso
lixo, maior deveria ser a redução da taxa de lixo! Esta taxa é aquela que pagamos
com o IPTU, aquele famoso “carnê” que chegava somente no início do ano, depois
passou a chegar perto do Natal, depois, no início de dezembro e agora, já em
novembro; neste ritmo, em alguns anos virá junto com o Dia das Crianças...
E, para celebrar esta data, as prefeituras deveriam
reduzir a taxa de lixo.
Lixo coletado e selecionado, maior desconto do tributo
municipal. Algum vereador poderia propor um projeto de lei neste sentido. Faria
bem, a todos. É uma ideia.
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