Este final de semana saiu a notícia de que o RN tem poucos investidores
na Bolsa de Valores. Ao longo da semana saíram as notícias de dois “captadores”
de investimento que estão decepcionando muita gente com os prejuízos causados
pelo fracasso dos “investimentos” e do muito dinheiro que conseguiram, aqui no
RN.
Será que o RN investe menos na Bolsa devido ao fato de que alguns
preferem estes outros tipos de “investimento”? Daqueles arriscados, com promessas
de ganhos milagrosos em tão pouco tempo? Provavelmente nenhuma correlação,
claro. Mas, se os dinheiro (muito, aliás) de muita gente tivesse seguido os
caminhos menos ousados, haveria uma maior probabilidade do RN subir no ranking
de aplicações na Bolsa.
Mas, investir na Bolsa também não é um resultado 100% seguro. Para
utilizar um único exemplo, de uma ação muito cobiçada e das mais negociadas, a
da Petrobras, há exato um ano a ação da PETR4 fechou em R$ 27,70 e na
sexta-feira, R$ 34,72, um lucro de 25,3%! Bem, não são os 6% ou 10% mensais
prometidos por visionários do mercado, mas é bem maior do que qualquer
aplicação tradicional que um banco oferece. Por outro lado, quem comprou uma
ação da mesma PETR4 no dia 18 de outubro passado, pagou R$ 38,52, ou seja,
terminou a sexta-feira passada com um “bom” prejuízo. Ou seja, não há regra
segura para garantir resultados do futuro, mais ainda no mercado de aplicações.
Investir não é fácil, ou melhor, “acertar” o investimento não e fácil. É
o mercado e assim vale para todas as aplicações, de ouro às ações em Bolsa,
passando pelo dólar ou derivativos. Não há rentabilidade garantida nem fórmula
de sucesso; aliás, se houvesse tal fórmula, duvido que alguém contasse para
outra pessoa...
Entre os prejuízos individuais, uma verdadeira tragédia para quem
acreditou e mais ainda para os familiares que dependem daqueles recursos e nem
tinham ideia do que estava acontecendo, há o prejuízo social do RN: o dinheiro
que estava aqui, foi embora nas “aplicações”, para outros lugares, gasto em outras
cidades, e não voltará mais; o consumo, o dinheiro que poderia circular aqui,
está passeando em outro lugar!
É claro que há um drama – real – com quem acreditou nos milagres dos
resultados, não se trata de desprestigiar quem quer que seja, nem condenar ou
criticar as decisões pessoais. Apenas a lamentar que tais histórias se repitam,
apesar de repetitivas. Às vezes a ousadia premia os mais ousados mas, outras vezes,
é melhor pensar na “canja de galinha”, não faz mal ficar no tradicional.
Dinheiro disponível para aplicações ou muito dinheiro disponível para retornos
financeiros fantásticos? Boa sorte, então; aliás, muito boa sorte, mesmo. É uma
opinião.
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