Há poucos dias em São Paulo teve mais uma corrida de Fórmula 1. O esporte
já teve mais audiência no Brasil mas continua a chamar a atenção e, neste
período mais recente, depois que uma empresa norte-americana comprou os
direitos da Fórmula 1, cada corrida tem sido um verdadeiro show e, bastante
comum, tem batido recordes de público a cada edição, em cada cidade onde
acontece.
Em todos os circuitos há os ingressos comuns (que são caros, mesmo sendo
comuns), os mais ou menos VIP, os VIP de verdade e uma categoria de excelência,
popularmente chamada de “vipão”; nela é onde impera a excelência do serviço
(comida e bebida) e também a oportunidade para circular em áreas reservas e
encontrar alguns pilotos. Muita gente vai para este espaço menos para ver a
corrida e... mais para ser visto. Normal.
Mas, ao que interessa: este é um tipo de “turismo de luxo” em que não se
mede o valor cobrado pelo serviço em função do custo do que é oferecido, mas da
exclusividade e, algumas vezes, da excentricidade. É assim no mercado de luxo
em diferentes áreas (moda, aviação, decoração, móveis, alimentação etc).
Não temos aqui no RN um roteiro para turismo de luxo. Temos opções de
lazer que são caras, de um certo luxo, é bem verdade, mas não à altura, por
exemplo, de traslado do aeroporto em carro de luxo ou helicóptero, de congièrge
no hotel (para resolver situações externas, não apenas com a rouparia,
decoração etc), motoristas exclusivos (bilíngues, por exemplo), eventos com
degustação de alta gastronomia, programação de passeios exclusivos e
diferenciados etc.
Obviamente, não se trata de eliminar nenhuma outra categoria ou forma de
fazer turismo! Mas, de ter mais uma opção, pelo menos de tentar criar uma
condição diferenciada para atrair um público que se preocupa menos com o valor pago
do que com o serviço ou como eu já dizia há umas 3 décadas, o que vale é a “experiência”.
Temos bons hotéis com suítes boas e apartamentos batizados “presidencial”. Poderíamos
ter mais opções de luxo. Para turistas que gostam do luxo. E que podem pagar
por ele; se esse pagamento do luxo ficar aqui no RN. As entidades setoriais,
como a ABIH, NCB e outras, poderiam articular projetos neste sentido melhor.Turismo
de luxo; é uma ideia.
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