domingo, 4 de outubro de 2020

Nem piso nem teto de gastos, um mezanino

 

      Em Editorial neste final de semana o jornal Estadão publicou: “Presente e futuro da economia são afetadas pela queda do investimento produtivo, um dos efeitos mais notórios da pandemia. Com a redução da atividade, as empresas perderam receita, a insegurança aumentou e as finanças públicas ficaram muito mais apertadas. Uma das consequências foi a menor aplicação de recursos em máquinas, equipamentos e obras civis e de infraestrutura”.

      Abstraindo o embate político PG/RM, por enquanto estamos medindo estatísticas imediatas de um passado muito próximo, ou seja, medindo os casos de Covid. Mas, perto ou longe do teto, os investimentos públicos são indispensáveis. É necessário ter um piso para garantir não somente a “máquina girando” mas o papel indutor do Estado que deixou de ser investidor para ser um fomentador de investimento, seja via financiamento público, seja via compras públicas seja ainda por meio de grandes projetos de infraestrutura. Sem o dinheiro do Estado a economia privada não funciona como deveria; se você preferir, sem o papel do Estado, a economia privada patinaria, andaria de lado e apenas repetiria as mesmas situações, sem crescimento ou desenvolvimento expressivo.

     Hora de continuar investindo. Nem ultrapassar o teto nem tampouco ficar colado no chão.

     O limite poderia começar com um mezanino; preferencialmente, um mezanino longe do chão, quase colado no teto.

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