domingo, 4 de outubro de 2020

O fim do silk screen?

      Será que esta eleição aposentará definitivamente o silk screen? Uma aposentadoria anunciada, principalmente, depois da pandemia do Covid-19 em que a circulação de pessoas diminuirá bastante (pelo menos é o que se espera, apesar das imagens contrárias em algumas cidades do interior).

     Para que é noviço no tema eleitoral, em outras campanhas um dos serviços mais procurados nesta época eram as empresas de silk screen ou simplesmente, serigrafia. Todo mundo fazendo camiseta para distribuir com o eleitorado, uma forma de fazer identificar, geralmente pelas cores, os aliados e tentar impressionar a concorrência com maior número de pessoas vestindo esta ou aquela camisa. Sem falar que os porta-bandeiras (não aquelas do Carnaval) ficavam nas ruas principais das cidades segurando bandeiras e todos com a mesma camisa. Tempos bons para estes prestadores de serviço: quanto mais perto da eleição, mais o ritmo de trabalho aumentava, terceiro turno quase todo dia e nada de sábado e domingo. O faturamento, claro, aumentava e garantia o restante do ano.

    Agora boa parte da campanha é on line. Quem não acreditava ou quem não gostava não teve muita escolha, todo mundo nas redes sociais. Tornou-se a opção mais viável e aparentemente também a mais barata. Falta converter esta economia em voto; com ou sem serigrafia, este é o grande desafio para todos.

    Mas, há outro desafio. Este, insuperável. Se antes as propostas iam para os papéis e santinhos distribuídos e logo jogados fora, agora na internet fica tudo registrado. Se antes pouca gente se lembrava das promessas, inclusive os candidatos, agora todos serão lembrados, principalmente os candidatos: se não for durante o mandato, não se preocupe, as promessas serão lembradas na próxima eleição.

 

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