domingo, 26 de junho de 2022

Opinião. Um MEI para todos

 

Impossível, na prática, que isto aconteça, é bem verdade, mas é que a cada mês quando são divulgadas as estatísticas de novos empreendedores individuais parece transparecer que o melhor resultado econômico para o País (cidades e estados) é o recorde no número de MEI. Não é o pior dos resultados, longe disto até, mas é um sinal positivo de que cada um tem encontrado sua forma e obter renda sem depender muito diretamente do Estado, principalmente de salários e auxílios sociais. Mas, haverá sempre a busca por emprego público tanto quanto há necessidade de ter mais serviços públicos e, infelizmente, haverá sempre um constante ou crescente número de auxílios sociais, resultante de uma impossibilidade de renda seja em função do trabalho ou da produção. Mas, é bom ressaltar, este tipo de auxílio não é uma característica genuinamente brasileira, os países ricos também encontram formas de ajudar parcela da população menos favorecida (é que parece que nós “comemoramos” o aumento dos auxílios). 

 

Do Simples ao mais simples ainda, o MEI

O incentivo ao empreendedorismo começou com a ideia da pequena empresa, depois a micro e atualmente, praticamente a empresa do “eu sozinho”, como é a composição da maioria dos MEI. É uma grande alternativa para sair da informalidade, para dar visibilidade à um grande número de empreendedores e, sem dúvida, uma forma de melhor controlar a arrecadação de tributos sem a necessidade de fiscalizar todo mundo.

Ainda há entraves mas, há muito mais facilidades para tornar-se MEI. Uma ideia e um CNPJ próprio para cada pessoa. Já estamos bem avançados neste ritmo, não há muito o que mudar de forma expressiva exceto, talvez, o valor limite do faturamento. Mas, assim como a “saída” do Simples foi o MEI, já está na hora de programar algum outro complemento, até para que o MEI não seja majoritariamente uma solução para quem não obtém uma carteira de trabalho (algo também que nem todo mundo almeja, diga-se de passagem).

 

Um MEI para todos!

Um MEI para todos, e o CPF será um CNPJ2 ou “CNPJ do bem”. CNPJ é apenas um número, MEI é uma pessoa que se confunde entre empreendedor/cidadão ou entre cidadão/empreendedor, parece ser cada vez mais difícil saber o que vem primeiro. Precisamos mesmo é saber, cada vez mais, o que virá depois.

Nenhum comentário: