Hoje é dia de Enem, parte 1. Haverá ainda, a 2ª prova, o retorno do
Enem. Dia de muita tensão para muita gente, absolutamente normal, de uma
expectativa para tantos outros e um marco inicial na vida profissional de milhares
de jovens no RN: é o Enem que permite a matrícula, para as melhores notas, as
instituições públicas de ensino e, portanto, o primeiro passo na era pré-profissional
para muitos que em 4 ou 5 anos, em média, estarão em outra solenidade, a chamada
colação de grau.
Antigamente havia algo chamado de Vestibular, uma expressão que de vez
em quando aparece e que para alguns mais jovens, provavelmente, não terá
qualquer significado. O vestibular era uma prova e o Enem é uma sigla. Mas, a
finalidade é a mesma: acesso ao ensino superior, a graduação.
Desde então, há vagas. Do último vestibular ao Enem de hoje, houve uma
grande oferta de vagas, uma verdadeira expansão do acesso ao ensino superior.
Talvez estejamos em um crescimento apenas vegetativo da quantidade de vagas,
ano a ano. A única estatística de oferta de vagas para 2024 que encontrei foi
da UFRN, mantendo praticamente o mesmo número de inscrições novas.
Há vagas. Não somente pela expansão das instituições mas, pela mudança
da sociedade. Hoje há muitas profissões e carreiras profissionais que não existiam
há 10 ou 15 anos. E há muitas divisões de estudos e especialidades que se
subdividiram como formação acadêmica. Isto é bom. Temos que nos adaptar às
realidades e criar capacidades profissionais para que o conhecimento seja
aplicado, em outras palavras, além de atender “ao mercado” a formação acadêmica
também é um oportunidade de valorizar o conhecimento e a competência de
milhares de estudantes, no RN, milhões no Brasil.
Há vagas. Mas, acho que poderia haver ainda mais. Com as tecnologias e
as possibilidades de novas formações e, quando observamos cursos universitários
que começam uma turma com 50 alunos e ao final do ciclo previsto de aprendizado
termina com 20, 15, 10 e eventualmente até mesmo estudantes indo para a
diplomação, muitas vagas “se perderam” ao longo do trajeto. Não significa que
aumentar as vagas trará inchaço das salas de aulas nem necessariamente que
precisamos construir mais prédios ou contratar mais professores; significa que
com as competências atuais pode haver uma maior oferta de vagas. É natural que
haja a chamada evasão, as desistências ao longo do curso; acontece aqui e em
outros países.
Quando comparamos os números dos formandos com os dos calouros vemos o
repetido chavão aqui: “há vagas”!
Aumentar, por exemplo, e para utilizar um número redondo,10% a
quantidade de vagas iniciais por curso nas instituições superiores públicas não
seria algo irreal, ou muito irreal, se você preferir amenizar a ideia. Há
demanda, basta ver a quantidade de jovens que fazem o Enem todos os anos. Há
uma imensa demanda neste RN e no Brasil por vagas. Poderia haver mais vagas.
Enquanto houver vagas, haverá mais oportunidades sociais. É uma opinião.
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