domingo, 21 de janeiro de 2024

Opinião. Embalos de sábado à noite

 

É um filme, de 1977, que teve um gigantesco sucesso em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil, sendo uma das maiores bilheterias do cinema até hoje. É uma história clichê que rendeu muito pelo enredo e pelas músicas, e de vez em quando o filme passa na tv.

 

Das memórias de quase meio século do filme várias cenas se repetem e – hoje – parece impressionante ver quantos cigarros “aparecem” ao longo do filme”. Parece que todo mundo fumava o tempo todo e, pelo menos nisto é verdade, todo mundo fumava em qualquer lugar. Provavelmente neste filme, como em vários outros, a indústria do cigarro era uma das patrocinadoras direta ou indireta.

 

Hoje fuma-se pouco ou bem menos. A moda são os vapes, os cigarros eletrônicos que se tornaram alvo de várias proibições mundo afora mas que viu o consumo crescer assustadoramente, principalmente entre os jovens, curiosamente àqueles que mais criticam o cigarro e que agora resolveram adotar o mesmo hábito, o de expelir fumaça.

 

Aqui em Natal não é mais tão difícil encontrar alguém “atualizado” com o cigarro eletrônico; aliás, no interior também, principalmente em festas e shows. Uma hábito perverso, como todo o setor de saúde ressalta, mas que precisa de uma ajudinha governamental. Melhor dizendo, uma dupla ajuda, a de aumentar os impostos dos ingredientes utilizados para o “xarope” (líquido) que gera a fumaça e aumentar a fiscalização nos pontos de venda.

 

Na Europa o cigarro tradicional já custa bem caro (um Marlboro custa, na França, quase R$ 70), uma forma de afastar a juventude deste consumo. O preço alto tem mostrado resultados e talvez aumentar os custos dos vapes – se não houver a proibição – seja uma boa ideia: deveria ser até mais caro do que o cigarro tradicional, uma forma de inibir o início do consumo.

 

A proibição dos vapes em espaços fechados, assim como acontece com o cigarro, contribui para diminuir o consumo. Mas, aumentar a tributação, com IPI alto e um ICMS comparado aos produtos de luxo, seria uma boa prevenção aos prejuízos financeiros e orçamentários públicos, e aos danos de saúde, de cada um. É uma opinião

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