sábado, 15 de fevereiro de 2025

Aspirina, Tylenol, Viagra, Ozempic etc

Lembrando apenas destes nomes de remédio parece que a sociedade em alguns momentos busca soluções (quase) mágicas para problemas crônicos, busca uma solução de resultado imediato e preferencialmente bem prático, algo que não dê trabalho, pelo menos para o usuário.

Houve tempos – e faz tempo, pois ainda foi no século passado – que Aspirina e Tylenol faziam parte do vocabulário comum e não somente pela acessibilidade a tais medicamentos, mas também pela quantidade de notícias que circulavam sobre os efeitos destes medicamentos. Era também a época de algumas descobertas e grandes desafios para a ciência e toda novidade encantava muita gente; aliás, isto não mudou mas, o que mudou foi a velocidade que uma descoberta na área farmacêutica se propaga e, de forma impressionante, como aparecem soluções alternativas, sejam os famosos genéricos sejam as famosas derivações de uma fórmula original.

Aspirina e Tylenol tiveram suas grandes contribuições e hoje são tão comuns que não encantam praticamente mais ninguém. É mais ou menos o que aconteceu com o Viagra que, quando surgiu foi um sucesso espetacular de vendas e também de notícias que se espalharam em todo o mundo. O famoso “azulzinho” acho que deveria ser o remédio mais conhecido tamanha foram as virtudes declaradas e repetidas de forma científica, na imprensa e também nas conversas particulares, entre homens e mulheres. Se no começo era um remédio mais consumido pelo pessoa de idade média, mais como um complemento de alguma disfunção, em pouco tempo se popularizou de tal forma que não tem mais “idade recomendada” para ele e, como foi noticiado recentemente, seu concorrente, o “Tadala” como é popularmente conhecido, virou até febre nas academias...

Mas o momento atual, mesmo, é do Ozempic e de seus similares, genéricos ou qualquer outra classificação que se pretenda. Particularmente, acho que o Ozempic é até patrocinado pelo Mac Donalds! Ou deveria... É que batem tanto nos seus sanduíches, batatas fritas etc dizendo que engordam bastante que em breve fico imaginando se não haveria um carteirinha de cliente especial e a cada 10 ou 20 lanches completos o consumidor poderia concorrer a um Ozempic.

Claro, brincadeiras à parte, estamos novamente na era de um remédio e de seu significado na vida social de todo o mundo. A diferença com os citados Aspirina, Tylenol ou Viagra é que o Ozempic ainda é um remédio elitizado, ainda é muito caro e não está acessível para todos os bolsos. Há tentativas de reduzir os preços, criar novas alternativas e até mesmo ser oferecido pelo poder público; é uma boa ideia, mas que deveria ser entendido como medicamento e não apenas como complemento de vida: quero emagrecer, por isto lá vou eu atrás do Ozempic.

No final das contas de uma longa história de remédios que marcaram e marcarão a vida planetária ainda estamos esperando por pelo menos duas descobertas para mudar a vida de todos: algum remédio para a cura do câncer e um outro para a Aids. É claro que são comparações bem diferentes entre estes remédios que nos faltam e os que já existem e mencionei aqui. Mas, assim como estes – e muitos outros – geram expectativas e esperanças. Seria fantástico que a série de descobertas sensacionais de medicamentos (e de tratamentos) pudesse ser acelerada; a IH ou “inteligência humana” é capaz de fazer isto. Eu acredito.

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