Nesta semana foi divulgada mais uma barreira superada na produção de energia
elétrica a partir de fontes renováveis. Somente no ano passado foram inauguradas
140 unidades de produção de energia eólica, segundo a Aneel. O incremento no sistema
nacional, com todas as fontes - novas –
de energia foi de 10,3 mil megawatts, o melhor desempenho dos últimos anos,
superando a marca dos 9,5 mil megawatts novos, de 2016.
A contribuição do RN neste acréscimo em 2023 foi muito importante,
ficamos atrás apenas da Bahia. Estatisticamente é válido lembrar destes números
mas, na prática, não muda a vida de milhões de brasileiros como gostariam, nem
mesmo da imensa maioria dos potiguares, ou seja, produzimos mais e continuamos
pagando caro pela energia.
É certo que o preço da energia no Brasil depende de muitos fatores, em
especial da energia das hidrelétricas, maior fonte de produção, além dos custos
naturais de produção, distribuição etc. Ficamos acostumados a ouvir e ler sobre
as bandeiras, entre verde, amarela e vermelha, que aumentam a tarifa e a nossa
conta de energia. Mas, tenho a sensação que mesmo a chamada bandeira verde já
nem nos deixa mais tão feliz assim, tal o peso da conta de energia no orçamento
doméstico.
A geração distribuída, aquela das placas solares residências, comércios
etc aumenta, o que significa que diminui o custo para produção, pois diminui a
necessidade de expansão. O mercado livre, restrito aos grandes consumidores,
avança a passos largos e produz o mesmo efeito, de diminuir a necessidade de expansão
das formas tradicionais de produção de energia.
Produzimos mais energia, exige-se menos dos setores privados-públicos em
novos investimentos. Esta regra econômica, no entanto, parece que trava na ponta,
na conta do consumidor.
Continuamos a produzir cada vez mais energia. Aumentamos a quantidade de
megawatts mas não aumentamos a quantidade de bandeiras tarifárias. A conta,
claro, não é tão simples quanto parece – hoje – mas, bem que poderíamos ter uma
“bandeira branca” ou uma “bandeira azul” na tarifa de energia: significaria que
a conta de energia do consumidor viria com desconto; seria um verdadeiro choque
tarifário; a médio prazo, acredito.
É uma ideia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário