sábado, 6 de janeiro de 2024

Uma ideia. Uma nova bandeira tarifária na energia

 

Nesta semana foi divulgada mais uma barreira superada na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Somente no ano passado foram inauguradas 140 unidades de produção de energia eólica, segundo a Aneel. O incremento no sistema nacional, com todas as fontes  - novas – de energia foi de 10,3 mil megawatts, o melhor desempenho dos últimos anos, superando a marca dos 9,5 mil megawatts novos, de 2016.

 

A contribuição do RN neste acréscimo em 2023 foi muito importante, ficamos atrás apenas da Bahia. Estatisticamente é válido lembrar destes números mas, na prática, não muda a vida de milhões de brasileiros como gostariam, nem mesmo da imensa maioria dos potiguares, ou seja, produzimos mais e continuamos pagando caro pela energia.

 

É certo que o preço da energia no Brasil depende de muitos fatores, em especial da energia das hidrelétricas, maior fonte de produção, além dos custos naturais de produção, distribuição etc. Ficamos acostumados a ouvir e ler sobre as bandeiras, entre verde, amarela e vermelha, que aumentam a tarifa e a nossa conta de energia. Mas, tenho a sensação que mesmo a chamada bandeira verde já nem nos deixa mais tão feliz assim, tal o peso da conta de energia no orçamento doméstico.

 

A geração distribuída, aquela das placas solares residências, comércios etc aumenta, o que significa que diminui o custo para produção, pois diminui a necessidade de expansão. O mercado livre, restrito aos grandes consumidores, avança a passos largos e produz o mesmo efeito, de diminuir a necessidade de expansão das formas tradicionais de produção de energia.

 

Produzimos mais energia, exige-se menos dos setores privados-públicos em novos investimentos. Esta regra econômica, no entanto, parece que trava na ponta, na conta do consumidor.

 

Continuamos a produzir cada vez mais energia. Aumentamos a quantidade de megawatts mas não aumentamos a quantidade de bandeiras tarifárias. A conta, claro, não é tão simples quanto parece – hoje – mas, bem que poderíamos ter uma “bandeira branca” ou uma “bandeira azul” na tarifa de energia: significaria que a conta de energia do consumidor viria com desconto; seria um verdadeiro choque tarifário; a médio prazo, acredito.

É uma ideia.

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