A inauguração da loja Havan em Natal rendeu muito polêmica em setembro de 2022, em pleno período eleitoral. Para quem se lembra da discussão da época, o proprietário esteve em Natal e reclamou da necessidade de adiar a abertura da loja em função de documentação que foi solicitada para seu funcionamento; não lembro exatamente dos detalhes do que faltava, mas lembro de algumas declarações bem animadas de um lado e do outro, dos defensores da loja e dos não-defensores da loja e do empresário.
No final, a loja foi inaugurada e continua a funcionar até hoje. O projeto não é dos mais grandiosos no formato Havan mas não deixa de ser imponente em alguns números que a empresa tratou de divulgar: a filial de número 174 recebeu R$ 45 milhões em investimentos para uma área construída de 14 mil metros quadrados e contratou cerca de 200 pessoas dentre a infinidade e currículos que recebeu. Segundo a divulgação da empresa, são mais de 350 mil itens comercializados pela Havan mas, embora tenha ido 3 ou 4 vezes à loja, não consigo imaginar o que representa 350 mil itens diferentes! É gigantesco, acho.
No momento em que se falava da Havan Natal deixou-se de falar da Havan Mossoró. A expansão para o interior do RN foi cancelada ou simplesmente adiada, mas o fato é que não temos nenhum anúncio de uma segunda loja, nem em Mossoró nem mesmo em outra cidade da Grande Natal. Mais do que uma questão de logística, é uma questão econômica, de retorno sobre o investimento e do mercado comprador; certamente Mossoró tem uma boa renda e recebe diariamente muitas pessoas de cidades vizinhas mas, por exemplo, não consegue fazer com que o seu shopping Partage tenha movimento nem que todas as lojas estejam ocupadas, apesar do ar-condicionado. Pode ser algo cultural, local, de não privilegiar tais espaços.
Já se passaram dois anos da Havan e não li mais notícias sobre a empresa e suas atividades aqui em Natal. Talvez a empresa seja bem discreta e tenha investido pouco na mídia local e nos influenciadores locais para espalhar suas notícias. É bem verdade que a empresa faz propagandas de seus itens, investe bem em marketing, mas pouco divulga sobre seus resultados.
Por isto tenho dúvidas ou melhor, curiosidades: será que expandiu o quadro de funcionários, houve aumento de demanda de trabalho em função das boas vendas aqui em Natal? E como estará o projeto Mossoró, adormecido, sendo atualizado ou esperando uma melhor oportunidade?
Não se trata obviamente de comemorar maus resultados, mas a expectativa de conhecer como anda este mercado de grandes lojas que vendem muitas coisas, a exemplo da Havan, da Leroy Merlin ou da Ferreira Costa. É interessante acompanhar a evolução de novos investimentos no RN, transmite uma mensagem mais otimista para o comércio local, principalmente diante da concorrência do comércio eletrônico.
Torço pelo empreendedorismo e empresário potiguar, de
origem ou que aqui investiu. Como vai a Havan de Natal? Espero que esteja bem,
que venda mais e que contrate mais pessoas.
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