As longas filas na Caixa mostraram que
ainda somos uma sociedade dependente da chamada bancarização, ou seja,
precisamos todos, em algum momento, passar pelo sistema bancário, ter uma conta
bancária que pode ser a “tradicional” (ou comum) ou até mesmo a 100% virtual em
que não há agências. De qualquer forma, ainda haverá uma instituição financeira
intermediando as transações sejam com cartão de crédito, código QR ou o
bom-e-velho dinheiro.
Na
semana de mais uma parcela do pagamento do auxílio-emergência, o NuBank divulgou
seu balanço do trimestre apontando mais um prejuízo, uma situação que persegue
o banco desde seu início mas que os fundadores, incentivadores, gestores e
apostadores acreditam que tenderá a diminuir e que, em algum momento, como qualquer
empresa, terá lucro. É o que se espera!
Mas,
voltando à bancarização tradicional. É um reflexo da sociedade em que milhões
de pessoas passam distante do sistema financeiro simplesmente pelo fato de que
os bancos são algo... dispensáveis. Na verdade, para milhões de brasileiros,
uma conta bancária é um luxo tanto quanto ir ao cinema, ir a um restaurante,
comprar um carro, fazer uma viagem etc.
Terminada a epidemia, quase todos os
brasileiros estarão bancarizados, se é que existe este termo. Estatisticamente,
talvez o Brasil será o mais com maior número de contas bancárias no mundo. No
mundo real, no entanto, ainda estamos longe de uma bancarização voluntária, ou
seja, para atender à demanda de quem quer e de quem pode.
Hoje, a bancarização é resultado de que
precisa de um banco; por apenas 3, 4, 5 ou 6 meses.
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