A loja da Ferreira Costa impressiona quem anda e quem chega por Natal. Quem
é da cidade sabe que ali um dia foi uma tentativa de um grande supermercado, o
Hiper, que por algum motivo não deu certo, e tinha quase sempre boa ocupação do
estacionamento quanto ainda eram os tempos de aulas presenciais na então Facex,
ali do lado. Sabe também que o trânsito da cidade foi modificado para melhor
adequar o acesso à Capim Macio e Ponta Negra e, claro, visto que a loja estava
ali, acabou também facilitando o acesso à loja, ainda que o motorista não tivesse
tal intenção.
Para quem não conhece a loja por
dentro fica impressionado com o tamanho do empreendimento, uma área bem grande
que vende muito mais do que material de construção. Não vende roupa nem alimentação
humana nem produtos de beleza mas vende quase todo o restante – além de material
de construção e utensílios para casa – em um estilo de antigamente das chamadas
lojas de departamento, de querer vender tudo; é que a finalidade é fazer com o
que consumidor encontre tudo (ou quase) e tenha sempre como primeira opção de
compras aquela loja do (quase) tudo.
Fui poucas vezes por lá, comprei alguma coisinha, nada que me faça ser
um grande cliente deles. Mas gostei de andar pela loja e de ver a quantidade e
diversidade de produtos. Realmente é muita coisa. Fico imaginando quanto tem
ali dentro da Ferreira Costa em estoque; ou melhor, quantas dezenas de milhões
estão ali espalhados na loja.
A loja é grande, o estacionamento idem, e os corredores, pelo menos nas
poucas vezes que fui, permitiam uma circulação tranquila, nenhum tumulto, pouca
gente até, considerando a dimensão da loja e filas pequenas. Bom, neste aspecto,
para comprar. O investimento, insisto, foi elevado: primeiro para comprar o
ponto, depois para fazer as mudanças no espaço da loja e, eventualmente, na adequação
das ruas de acesso. Mas fico me perguntando mesmo é se o negócio continua a ser
rentável tanto quanto as planilhas e os cálculos indicavam; é que não vejo a
loja muito lotada.
Já fui a eventos que fizeram por lá, na entrada, acho que na tentativa
de atrair novos públicos. Não sei se funcionou pois o espaço ali para eventos e
montagem de estandes é um pouco difícil para oferecer uma boa circulação e uma
boa visibilidade aos expositores; talvez não tivesse sido planejado para
eventos, talvez se esperasse que haveria tamanho fluxo de pessoas que não teria
sentido colocar estandes nos pontos de acesso e circulação.
Tem, além da loja, outros pontos comerciais, uma casa lotérica (tem
sempre gente) e uma praça da alimentação que, coincidentemente, nas vezes eu
fui, estava pouco ocupada. Tem até uma sorveteria que se propõe a alguns
sabores diferentes e até sorvete vegano (deve ser a lógica comercial visto que
alguns sabores serão necessariamente vegano); e o sorvete é até bom. Acho todas
as vezes fui por lá aproveitei para consumir um sorvete. Foi um grande investimento
e espero que tenha tido uma rentabilidade satisfatória para continuar a
justificar sua existência no mercado natalense; para evitar que possa fazer
falta também aos comércios que estão por lá.