Hoje é um dia muito importante no Brasil e que deveria ser mais e mais valorizado. Em 1965, no dia 9 de setembro foi promulgada a Lei 4.769 que tinha a seguinte ementa: “Dispõe sôbre o exercício da profissão de Técnico de Administração, e dá outras providências”. Não era ainda a profissão de Administrador tal como a conhecemos hoje mas era o início do reconhecimento jurídico de uma categoria de profissionais que alcançaria uma grande expansão no ensino superior e que está presente em todas (acho que sim!) universidades nacionais, assim como na maioria dos centros universitários, destacando que algumas faculdades começam ou começaram sua história com o curso de Administração.
Outrora – para utilizar um termo da época – o curso de Administração tinha
uma divisão clássica entre Administração de empresas e Administração pública.
Mais recentemente criaram vários cursos de Administração e acrescentaram algumas
variações, tais “habilitação em marketing”, “habilitação em logística” etc.
Felizmente não há mais estas divisões! Hoje os curso de graduação foram Administradores
e quem pretende derivar para uma área específica pode buscar uma especialização
ou, para utilizar uma sigla que já mercantilizada, fazer um MBA.
Passados todos estes anos o curso de Administração já não tem o mesmo
interesse nem concorrência de antigamente. Natural que tenha havido uma diversidade
de oferta de estudos e de profissões, além dos ciclos que colocaram Engenharia,
Direito ou Medicina no centro das atenções dos cursos mais concorridos para
entrar no ensino superior. Mas, Administração ainda atrai bom número de
estudantes, mesmo se o profissional não tem o mesmo reconhecimento público de
um advogado ou médico. Uma pena! Não há nada contra, claro, qualquer destas ou
de outras profissões, mas apenas um lamento (até mesmo pessoal) da perda da
relevância/reconhecimento social.
E isto pode ser resultado de um curso superior que alcança diferentes
áreas específicas (marketing, pessoas, estoque, logística, finanças etc) e que
também tem sua concorrência indireta de outras áreas, da Engenharia da produção
à Economia, sem esquecer que em algumas atividades privilegia-se a área de
atuação em detrimento do Administrador, como em hospitais, construtoras, indústrias
etc. Pode ser também resultado de uma menor oferta de vagas em concursos
públicos e ainda, quando existentes, não oferecem os melhores salários; a
carreira, então, para quem pretende seguir o serviço público é menos atrativa.
Enfim, é uma soma de fatores externos mas também, possivelmente, alguns fatores
internos, isto é, a própria categoria – e seu Conselho de classe – que divulga
menos a profissão e suas perspectivas de sucesso.
O Conselho Regional de Administração, por exemplo, tem sempre menor
divulgação de seu processo eleitoral. Aliás, este ano teremos eleições e novamente
com repetição de candidatura à reeleição e pouco conhecimento do público, talvez
até mesmo dos próprios Administradores. Mais uma vez, uma pena!
Particularmente, na condição de Administrador gosto de celebrar a data. Ainda que de forma individual. Talvez se tivéssemos mais Administradores em postos chaves teríamos melhores resultados, empresariais e no setor público. Pode ser um pensamento um pouco (demais) otimista, mas diria que é mais um pensamento que reflete o orgulho da profissão. Parabéns aos Administradores!
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