De vez em quando tenho esta curiosidade de saber quanto vale o
Nordestão, qual é o preço de mercado na hipótese de haver algum interessado na
negociação e adquirir suas lojas, seu negócio. Não tenho ideia do valor, mas
acho que teria que ser um bom investimento para adquirir não somente as lojas
mas o nome, sua marca e sua identidade/identificação com o consumidor local.
O Nordestão, em que pese alguns comentários de que “é caro”, tem uma
identificação com o público potiguar que garante o prestígio da marca e faz com
que o movimento nas lojas seja intenso, apesar da forte concorrências das
grandes marcas, nacionais e internacionais. Enfrentá-las não é simples e exige
constante avaliação das novas estratégias e, muitas vezes, de acompanhar de
perto a movimentação dos concorrentes, saber o que estão fazendo para no mínimo
acompanhá-los nas mudanças.
Acho que uma outra grande vantagem do Nordestão é a idade. Explicando
melhor, não é a idade em função dos anos em que foi fundado e de sua história
em Natal e, mais recentemente, na Grande Natal. Mas, é o fator idade que permitiu
que algumas lojas estejam geograficamente em locais estratégicos, em grandes
corredores de circulação que fazem com que o “apelo” de entrar na loja seja bem
mais fácil: já que o cliente está passando por perto, aproveita e para na loja.
Isto, sem dúvida ajuda, além da gestão direcionada em cada loja, em
função da geografia da cidade, do posicionamento de mercado junto aos consumidores
mais vizinhos, que faz com que o tal do mix de produtos na loja da Trairi
(perto do Palácio dos Esportes) seja diferente das lojas que tem na Roberto
Freire (que, aliás, as duas, uma pertinho da outra, são diferentes no estilo,
formato e mix de produtos!).
O Nordestão já passou por várias mudanças. A mais antiga e mais icônica
foi há bastante tempo, com a chegada do Carrefour que levou o supermercado a
colocar ar condicionado nas lojas, uma grande “conquista” para o consumidor.
Quando o Extra decidiu abrir 24h lá foi o Nordestão seguindo a ideia para pouco
tempo depois abandoná-la. Já passou pela fase (continua, de novo) de ter as
marcas próprias, de criar espaços para produtos orgânicos, de criar áreas para
alimentação diferenciada (sem glúten) e até corredores próprios para produtos
light/diet, entrou na onda de corredores para os vinhos (quanto todo mundo em
Natal decidiu ser conhecedor de vinho) e tantas outras ideias inovadoras e
copiadas (como é comum em todos os mercados competitivos, nenhum demérito nesta
proposta).
A maior “inovação”, acho, é o aniversário. Acho que ninguém sabe o dia
real do aniversário do Nordestão, tantas são as promoções para comemorar este
momento festivo. É um grande caso de sucesso do RN e admiro toda sua
trajetória.
Não sei qual será a nova grande novidade deles. O mercado e (desculpem o
trocadilho) o supermercado também é dinâmico. Para a pergunta “quanto vale o
Nordestão” acho que a melhor resposta seria: “tem alguém querendo comprar?” E
se tiver, vamos no popular, “que bote preço”.
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