quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Quanto vale o Nordestão?

 

De vez em quando tenho esta curiosidade de saber quanto vale o Nordestão, qual é o preço de mercado na hipótese de haver algum interessado na negociação e adquirir suas lojas, seu negócio. Não tenho ideia do valor, mas acho que teria que ser um bom investimento para adquirir não somente as lojas mas o nome, sua marca e sua identidade/identificação com o consumidor local.

 

O Nordestão, em que pese alguns comentários de que “é caro”, tem uma identificação com o público potiguar que garante o prestígio da marca e faz com que o movimento nas lojas seja intenso, apesar da forte concorrências das grandes marcas, nacionais e internacionais. Enfrentá-las não é simples e exige constante avaliação das novas estratégias e, muitas vezes, de acompanhar de perto a movimentação dos concorrentes, saber o que estão fazendo para no mínimo acompanhá-los nas mudanças.

 

Acho que uma outra grande vantagem do Nordestão é a idade. Explicando melhor, não é a idade em função dos anos em que foi fundado e de sua história em Natal e, mais recentemente, na Grande Natal. Mas, é o fator idade que permitiu que algumas lojas estejam geograficamente em locais estratégicos, em grandes corredores de circulação que fazem com que o “apelo” de entrar na loja seja bem mais fácil: já que o cliente está passando por perto, aproveita e para na loja.

 

Isto, sem dúvida ajuda, além da gestão direcionada em cada loja, em função da geografia da cidade, do posicionamento de mercado junto aos consumidores mais vizinhos, que faz com que o tal do mix de produtos na loja da Trairi (perto do Palácio dos Esportes) seja diferente das lojas que tem na Roberto Freire (que, aliás, as duas, uma pertinho da outra, são diferentes no estilo, formato e mix de produtos!).

 

O Nordestão já passou por várias mudanças. A mais antiga e mais icônica foi há bastante tempo, com a chegada do Carrefour que levou o supermercado a colocar ar condicionado nas lojas, uma grande “conquista” para o consumidor. Quando o Extra decidiu abrir 24h lá foi o Nordestão seguindo a ideia para pouco tempo depois abandoná-la. Já passou pela fase (continua, de novo) de ter as marcas próprias, de criar espaços para produtos orgânicos, de criar áreas para alimentação diferenciada (sem glúten) e até corredores próprios para produtos light/diet, entrou na onda de corredores para os vinhos (quanto todo mundo em Natal decidiu ser conhecedor de vinho) e tantas outras ideias inovadoras e copiadas (como é comum em todos os mercados competitivos, nenhum demérito nesta proposta).

 

A maior “inovação”, acho, é o aniversário. Acho que ninguém sabe o dia real do aniversário do Nordestão, tantas são as promoções para comemorar este momento festivo. É um grande caso de sucesso do RN e admiro toda sua trajetória.

 

Não sei qual será a nova grande novidade deles. O mercado e (desculpem o trocadilho) o supermercado também é dinâmico. Para a pergunta “quanto vale o Nordestão” acho que a melhor resposta seria: “tem alguém querendo comprar?” E se tiver, vamos no popular, “que bote preço”.

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