A empresa AeC Contact Center já deve ser uma das maiores empregadoras do
RN. Atuando como “call center” ou, diria, uma “central telefônica” para fazer
chamadas de empresas ou receber ligações de clientes, coisas dos tempos
modernos e que se ampliou muito depois que inventaram o tal do marketing por
telefone, não paramos mais de receber ligações oferecendo vários tipos de
produtos.
Na semana passada a empresa que tem uma grande unidade em Mossoró
anunciou que está contratando mais gente: são 232 novas vagas para inicialmente
trabalhar na sede e, eventualmente, passado o período de experiência, seria
trabalho remoto. Aliás, diga-se de passagem, na maior parte das últimas
ligações que tenho recebido destas empresas não escuto mais aquele barulho de
antigamente, muita gente falando ao lado; a sensação que tenho é que todo mundo
está em casa, no trabalho remoto, uma dinâmica muito positiva para os dois
lados, a empresa que não precisa ter mais grandes espaços para acomodar todo
mundo, e a pessoa que pode trabalhar em casa, economizando transporte e tendo
mais tempo para aproveitar em casa.
Antigamente a porta de entrada no mundo do trabalho, o tal do primeiro
emprego, era associado ao Mc Donalds que sempre contratou muita gente,
especialmente quem nunca tinha trabalhado. E isto era aqui no Brasil como também
nos Estados Unidos. Esta situação de primeiro emprego é quase uma situação de
emprego temporário, visto que há uma grande rotatividade por lá (é muito comum
encontrar pessoas diferentes nas lanchonetes deles, do atendente à limpeza,
passando também pelos gerentes).
Neste mundo onde a riqueza tem migrado para os serviços, e com apoio da
tecnologia, parece que os tais call centers tendem a ser a porta de entrada
para o primeiro emprego. No caso, por exemplo, da empresa AeC os pré-requisitos
para a contratação são básicos: maior de 18 anos, ensino médio completo e
noções de informática e nenhuma obrigação de já ter trabalhado em algum lugar
ou ter passado por algum estágio enquanto estudava; basta estar disposto,
demonstrar alguma competência e habilidade com o público e a informática e o
emprego estará quase garantido.
A rotatividade por lá também é alta, e isto vale para todo o setor.
Anteriormente mais conhecido como call center, migrou para a terminologia mais
moderna de contact center mas a sistemática do trabalho permanece
essencialmente a mesma. Pelo menos, por enquanto e enquanto a tal da IA-Inteligência
Artificial continuar sendo desinteligente nos chats e conversas que temos via
aplicativos; por enquanto, felizmente, a IA não domina o assunto e não consegue
ser inteligente o suficiente para saber o que o cliente está querendo,
especialmente quando se trata de alguma reclamação.
Em Mossoró serão 232 novos empregos. Muito bom para a cidade e, claro,
para os novatos. A AeC, diga-se de passagem, é uma das maiores empregadoras do
RN e continuo a torcer para que não seja a maior, mas fique sempre entre as
grandes: nada, claro, contra a empresa, mas sim a expectativa e a torcida de
que outras empresas possam gerar outros empregos, com melhor remuneração e com
menor rotatividade. De qualquer forma, não posso deixar de reconhecer o mérito
empresarial da AeC e torcer para que continue a contratar mais gente no RN.
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