Deve ter sido o dia e o horário. É que no sábado a noite começaram as
premiações do maior festival de cinema do Brasil, o Festival de Gramado. Não
tem o mesmo glamour de outros festivais internacionais, mas é o maior do Brasil
e ainda tem o seu reconhecimento no mercado nacional. Não vi (ou então não
achei) muitas notícias sobre o tema, neste domingo.
Pois é. É uma produção do RN ganhou sua “menção honrosa”. Foi com o
curta-metragem Navio, uma produção da empresa Caboré Audiovisual, sob a direção
tripla, de Alice Carvalho, Larinha Dantas e Vitória Real e que estão assim
descritas formalmente, no texto da candidatura: “Alice Carvalho é atriz,
roteirista, dramaturga e diretora potiguar. Vitória Real é bacharel em
Comunicação Social, pós-graduada em Cinema pela UFRN e mestranda em Comunicação
pela UFC. Larinha Dantas, artista potiguar com uma trajetória profissional sólida
no audiovisual, atua como diretora, cinegrafista e montadora há mais de 12 anos
no cenário local.”
Um boa para o RN, mesmo não sendo o maior prêmio. Mas sua inclusão na
lista final da disputa e a “menção honrosa” são suficientes para estimular a
categoria vinculada ao cinema aqui no RN, do produtor, diretor, passando pelos
atores, coadjuvantes, equipe técnica etc. Não somos, claro, um polo de produção
de cinema, filmes de longa ou curta metragem, mas é sempre bom saber que há o
reconhecimento na produção local.
Não vi o curta e o que conheci da obra foi o (curtíssimo) resumo de sua
apresentação. Navio é apresentado com a seguinte história: “A catadora Dandara
vaga invisível pela cidade. O encontro com Exu Mirim a leva para o fundo da
memória.” Não sei se entendi bem a temática e nem sei se gostaria de assistir ao
filme, talvez o perfil da história não esteja entre as minhas preferências de
história, de arte e de cinema. De qualquer forma, o registro.
Outra curiosa... curiosidade é que na página da internet da Caboré Audiovisual,
na aba “curtas” não aparece o filme premiado. Há 15 filmes ilustrados e o mais
recente, de 2023. Acho que o premiado Navio deve ser de 2024. No histórico do “Quem
somos” são apresentadas 3 pessoas: André Santos, sócio-fundador, Babi Baracho,
igualmente sócia-fundadora, e Márcia Lohss, atriz. Acho até que a página da
internet não está mais sendo utilizada, não encontrei menções mais atuais. Por
outro lado, o Instagram está ativo e (felizmente) menciona a premiação do
Festival de Gramado! Ontem, cerca de 24h depois do resultado, havia cerca de 30
comentários; pouco, achei.
Temos um bom festival de curta-metragem no RN, o de Caicó. Começou com
muita intenção e cresceu bastante, recebendo muitas inscrições de todo o
Brasil. Não sei quantas eram as inscrições de curtas do RN mas quem sabe com
mais este “incentivo” possamos ter novas obras e novas temáticas
regionalizadas, seja de nossa literatura/cultura/folclore seja em
ambientações/cenários bem característicos da geografia potiguar. É uma opção artística.
PS: Já fui mais ao cinema, hoje continuo a assistir filmes, pela telinha de casa; assisto muitos, mas ainda não consigo gostar de alguns gêneros/temáticas, tais terror, violência (pura), ficção científica (exagerada) etc. E quanto aos curtas continuo a apreciar as histórias ("de filmes"), bem menos os que estão mais para documentários ou autobiografias.
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